Uma advogada e mais quatro pessoas foram presas nessa quinta-feira, dia 06, em Manaus, acusadas de diversos crimes cometidos no Município de Manaquiri. O pedido de prisão preventiva foi feito pela Promotora de Justiça Karla Cristina da Silva Sousa no último dia 31, incluindo, também, pedido de busca e apreensão de aparelhos celulares, bem como de quebra de sigilo telefônico, que foram prontamente atendidos pela Justiça. De acordo com informações do Ministério Público do Amazonas (MPAM), Cleuder Batista Menezes, Milena Cordeiro, Marcus Augusto Cordeiro e Marivaldo Cordeiro, liderados pela advogada Camila Cordeiro Batista, são acusados dos crimes de organização criminosa, extorsão, usurpação de função pública, uso de documento falso, ameaça e desacato.
Segundo a Promotora de Justiça, a condição de advogada, ostentada pela líder do grupo, não é impedimento para a decretação da prisão preventiva em razão da gravidade dos delitos evidenciados no pedido de prisão e do fato de ela se utilizar da função para garantir a eficácia dos crimes.
“Os delitos praticados são de extrema gravidade, principalmente, a extorsão praticada com uso de armas de fogo, cuja pena é reclusão de 4 a 10 anos, aumentada de um terço à metade pelo uso das armas. A ordem pública claramente se encontra abalada com a conduta dos envolvidos, restando evidente que a mera aplicação de medidas cautelares diversas da prisão não se mostra suficiente ante o evidente temor de que eles interfiram no andamento das investigações”, registra a Promotora de Justiça.
O crime foi cometido no último dia 25, sábado, por volta das 10h, contra uma moradora da comunidade Nossa Senhora Aparecida, no Lago do Janauacá, em Manaquiri. Na abordagem, a advogada apresentou à vítima um ‘Mandado de Intimação para Desocupação e Reintegração de Posse, afirmando estar acompanhada de Oficial de Justiça e com apoio da Polícia Civil, para dar cumprimento à decisão no prazo de duas horas. A filha da vítima registrou imagens da reintegração forjada pelo grupo, que estava armado e fazia ameaças à vítima.
A vítima procurou a Polícia, que averiguou os fatos junto ao Fórum de Justiça de Manaquiri e constatou a fraude. Na casa ilegalmente ocupada, o grupo se recusou a colaborar com a equipe policial, desautorizando a realização de busca e apreensão no local, o que levou o Delegado a instaurar inquérito. “Assim que o Ministério Público tomou conhecimento do caso, imediatamente, requeri a prisão preventiva dos cinco envolvidos, mais busca e apreensão dos aparelhos telefônicos, a fim de verificar a existência de provas constantes nos aparelhos que indicassem se aquela prática era recorrente ou era a primeira vez que aquela quadrilha agia”, informou Karla Cristina da Silva Sousa.
Fonte: MPAM