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Resistência das mulheres amazônidas marca segunda noite de apresentações do Caprichoso em Parintins (AM)

Foto: Alex Pazuello/Secom

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

O boi Caprichoso encerrou a segunda noite do Festival de Parintins, município do interior do Amazonas, com o espetáculo “Resistência: a força da nossa existência”, que faz parte do tema deste ano “O Brado do Povo Guerreiro”, na madrugada deste domingo (02/07), na arena dos bumbás. O “Veleiro Cabano do Uaicurapá”, foi apresentado com os artistas exaltando a resistência das mulheres amazônidas pelas lutas contemporâneas do povo cabano.

Foto: Alex Pazuello/Secom

Conforme o apresentador Edmundo Oran, o trabalho foi intenso para levar o boi à arena. Os preparativos começaram quase um ano antes do Festival.

“Como apresentador, eu já começo a me preparar, junto ao Conselho de Arte, a fazer reuniões para definir projetos e, quando se aproxima do festival, com artistas, alegorias e figurinos. Se Deus quiser e nossa senhora do Carmo abençoar, segunda-feira estaremos comemorando o bicampeonato do Boi Caprichoso” disse Oran.

Foto: Alex Pazuello/Secom

Ainda durante a segunda noite, quatro alegorias e módulos aéreos trouxeram itens como cunhã-poranga e o boi-bumbá. Segundo o diretor de Arena do boi azulado, Edwan Oliveira, o Caprichoso está mostrando suas raízes.

“O Caprichoso apresentou um espetáculo grandioso mais uma vez, que traz um pouco da essência da sua tradição. Foi uma noite espetacular com momentos grandiosos de alegorias e indumentárias dos nossos itens fazendo um espetáculo fantástico na arena” afirmou Edwan.

Foto: Alex Pazuello/Secom

Conforme o Governo do Amazonas, o 56º Festival Folclórico de Parintins é promovido por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Ademais, neste ano, o evento foca em três pilares: cultura, turismo e sustentabilidade.

Na ocasião O público também se emocionou com o Ritual Indígena com a Iniciação Masculina Munduruku Marupiara, que marca a entrada dos futuros guerreiros.

Caprichoso

Caprichoso foi fundado em 1913, pelas mãos de famílias nordestinas, Cid e Gonzaga. A brincadeira que nasceu nos quintais das casas com versos de saudação e enaltecimento, nas vozes dos fundadores, logo se transformou em desafios fortes para o contrário.

O bumbá ganhou as ruas da cidade, incorporou as tradições locais. As pessoas passavam, mas o Caprichoso não, sendo recebido por um novo dono, uma nova família que, tradicionalmente, se tornava a guardiã do boi, responsável por organizar as saídas do boi nas ruas de Parintins.

A agremiação folclórica é responsável pelo projeto social Fundação Boi-Bumbá Caprichoso, denominado Escola de Artes Irmão Miguel de Pascalle, para crianças e adolescentes que exercitam e desenvolvem o potencial intelectual e artístico nas oficinas de artes, dando um retorno à comunidade e ao festival. Fundada em 1998, a escola já revelou mais de 5.500 artistas que podem ser vistos nos galpões, no conselho de arte, na dança, na música e em todos os segmentos.

Leia mais em: “Superação”, desabafa Cunhã-Poranga do Garantido após apresentação em Parintins (AM)

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