*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Não Seja um Laranja 2, com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para desarticular esquemas voltados à fraudes em contas eletrônicas mantidas em instituições bancárias do país, nesta terça-feira (30/5). Ao todo, estão sendo cumpridos 51 mandados de busca e apreensão, em 17 estados e no Distrito Federal.
De acordo com a PF, a ação conta ainda com o apoio da Interpol por meio do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção (IFCACC-Interpol). Os mandados estão no contexto de investigações de pessoas que cederam contas pessoais para receber recursos oriundos de golpes e fraudes contra clientes bancários.
Conforme os agentes Federais, foi detectado um aumento da participação de pessoas físicas em esquemas, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento. Este “lucro”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos. Tais pessoas são conhecidas popularmente como “laranjas”.
Essa é mais uma operação de caráter nacional que visa coibir essa criminalidade, a exemplo da ação realizada em agosto de 2022, que teve 43 mandados de busca executados em 13 Estados e no Distrito Federal.
Alerta ao público
Segundo a PF, emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta, que tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros.
As penas podem chegar a oito anos de prisão, mais multas, e ainda serem agravadas se os crimes forem praticados com o uso de servidor mantido fora do Brasil, ou ainda se a vítima for uma pessoa idosa ou vulnerável.
Projeto Tentáculos
A operação faz parte do Projeto Tentáculos, que visa um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a Febraban, vigente desde outubro de 2017, que se consolidou como referência interna e internacional de cooperação Público/Privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.