Duas toneladas de tomates estão sendo colhidas, esta semana, na primeira safra do fruto, na horta do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no Km 08 da BR 174 (Manaus-Boa Vista). A horta, que iniciou há cinco meses, tem cerca de 400 metros quadrados e conta com a mão de obra carcerária de cinco apenados.
O trabalho de plantação é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a empresa cogestora Reviver Administração Prisional Privada. Antes de iniciar o projeto, os internos receberam aulas práticas com instruções sobre o manejo do solo.
Os participantes do plantio também estão inseridos no programa “Trabalhando a Liberdade” por meio do qual podem remir um dia das suas penas a cada três dias de trabalho não remunerado. “Já estou seis meses nesse trabalho e é muito bom, pois a gente fica entretido plantando e ainda, conseguimos diminuir nossa pena”, declarou o interno Márcio* (nome fictício).
Além de tomates, os reeducandos também plantam legumes e verduras como pimenta de cheiro, coentro, cebolinha, alface, couve, pimentão. A expectativa é que a colheita do pimentão seja tão boa quanto a do tomate, segundo o diretor da unidade, Lucas Maceda. “Essa semana, vamos entregar essas duas toneladas de tomates para a cozinha e daqui uns dois meses, faremos a colheita da mesma quantidade de pimentão”.
Os trabalhos de plantio dentro da unidade contribuem para a preparação da alimentação dos internos do Compaj e do Centro de Detenção Provisório II (CDPM 2). Monaliza Ribeiro, nutricionista da empresa Mac Refeições, prestadora de serviço na unidade, aprova a qualidade das hortaliças e o método de troca implantado no projeto. “O projeto ajuda a cozinha no abastecimento de hortaliças frescas e de boa qualidade, e nós retribuímos ajudando na aquisição de insumos quando faltam”.
Alimentação
A cozinha do Compaj prepara, em média, cerca de cinco mil refeições diárias. “Essa atividade é de suma importância para os internos poderem contribuir para o aumento da produção de insumos, que de forma sustentável retorna para a sua própria alimentação”, finalizou Maceda.