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“O governo é o principal responsável pelas mortes nos hospitais por falta de atendimento”, dispara Wilker

O titular da comissão ponderou, também, que o Estado priorizou os negócios, ao invés de salvar vidas ao optar pelo hospital de campanha Nilton Lins, podendo ter dado celeridade e amplitude de tratamento por meio da Beneficente Portuguesa

O depoimento do diretor do Hospital Beneficente Português do Amazonas, Vitor Vilhena, em reunião da CPI da Saúde nesta quarta-feira, 1º, onde afirmou que o Governo do Amazonas não aceitou a proposta da unidade hospitalar em receber pacientes não contaminados pelo novo coronavírus (Covid-19) para desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS), revoltou o deputado Wilker Barreto (Podemos).

 

O parlamentar criticou a omissão do Executivo no momento da pandemia e responsabilizou a atual gestão pelas mortes causadas pela falta de atendimento em outras especialidades na rede pública de saúde.

De acordo com o depoimento do diretor, foi apresentado uma proposta à Secretaria de Estado de Saúde para dar condições  à unidade filantrópica para receber pacientes com patologias diferentes da Covid-19, mas o governo não apresentou respostas, o que para Barreto configurou como um total desrespeito, ocasionando  mortes de pessoas que realizavam tratamento de outras doenças.

 

“O depoimento do diretor da Beneficente Portuguesa reforça a omissão e atitude criminosa do governo em não aceitar ajuda de um hospital estruturado. Além da Covid, morreram pessoas de vesícula, infarto e outras doenças por falta de atendimento, que podiam ser supridas pela unidade filantrópica. Isso me revolta”, explicou o parlamentar.

 

O depoente relatou, ainda, que a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), através da ex-secretária executiva adjunta da capital, Dayana Mejia, fez uma consulta sobre as condições da unidade filantrópica e a capacidade de receber pacientes infectados pela Covid-19 em meio a pandemia.

 

A resposta de Vitor foi que não era possível receber os contaminados pela doença, porém, foi disponibilizado estrutura física para a montagem de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), desde que fossem fornecidos equipamentos como respiradores e a disponibilização de monitores. Leitos clínicos para pacientes da Covid também foram oferecidos pelo diretor.

 

O titular da comissão ponderou, também, que o Estado priorizou os negócios, ao invés de salvar vidas ao optar pelo hospital de campanha Nilton Lins, podendo ter dado celeridade e amplitude de tratamento por meio da Beneficente Portuguesa.

 

“Já temos o entendimento de que os negócios falaram mais alto do que salvar vidas. Preferiram montar um hospital de campanha do que utilizar leitos clínicos disponíveis de forma imediata. Isso sem falar das filas gigantescas para cirurgias eletivas e pessoas pedindo socorro nas portas dos hospitais, mas infelizmente o governo preferiu a cruzeta no Nilton Lins”.

 

 

Também nesta quarta, os membros da CPI da Saúde ouviram o procurador da empresa Norte Serviços Médicos, Carlos Henrique Alecrim, a respeito do contrato para prestação de serviços de lavanderia no hospital de campanha Nilton Lins. Num depoimento repleto de contradições, o representante não soube explicar como a empresa lavou 4 toneladas de roupas durante a pandemia.

 

“Uma contradição atrás da outra. Além de não explicar como a empresa lavou essa quantidade impossível de roupas num hospital que tinha menos de 100 leitos usados, o depoente não tem sequer um atesto que comprove que fez todo esse serviço, ou seja, um conjunto de erros cometidos pela empresa e também pelo governo”, finalizou Wilker.

 

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