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Na reta final da campanha, Lula e Bolsonaro cumprem agenda e prometem aumento salarial e mais universidades

*Da Redação Dia a Dia Notícia

A 9 dias do segundo turno das eleições, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) cumpriram agendas eleitorais e fizeram diversas promessas a seguidores de suas campanhas. Candidato à reeleição, Bolsonaro prometeu reajustar o salário mínimo acima da inflação, enquanto Lula prometeu a criação de mais universidades federais.

Em mensagem divulgada nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que dará aumento acima da inflação para aposentados, pensionistas e servidores públicos em 2023.

“Consertamos a economia do Brasil. Estamos arrecadando muito. Assim sendo, a partir do ano que vem, a nossa garantia de darmos a todos aposentados e pensionistas um reajuste acima da inflação. A mesma coisa no tocante aos servidores públicos, concedendo, no ano que vem, um reajuste acima da inflação”, afirmou o candidato à reeleição.

Bolsonaro garantiu que o valor do salário mínimo também receberá aumento acima do índice inflacionário, o que garantirá um ganho real aos trabalhadores.

A campanha do candidato à reeleição também divulgou um vídeo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, garantindo que haverá proteção nos reajustes salariais, de aposentadorias e pensões.

“Trabalhadores, aposentados e pensionistas, fiquem tranquilos, de que vão seguir protegidos contra a inflação. Mesmo durante a guerra e a pandemia, sempre demos reajustes para o salário mínimo, para as pensões, para as aposentadorias. Garantimos que vamos preservar o poder de compra do salário mínimo, das aposentadorias e dos benefícios”, disse Guedes.

A mensagem vai de encontro à falas de Paulo Guedes, que defendeu a desvinculação do aumento salarial da inflação. Na prática, o salário mínimo não teria mais aumento real, o que já não ocorre no país desde 2019. Após a má repercussão da fala do ministro, a comunicação do ministério da Economia afirmou a correção salarial será no mínimo pelo índice da inflação.

Mais universidades e qualificação

Foto: Reprodução/Twitter

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (21) que pretende expandir o número de universidades federais no país. “É necessário que a gente continue fazendo mais universidades para que mais brasileiros possam estudar, possam ser aperfeiçoar e ter uma profissão”, ressaltou, ao discursar em Teófilo Otoni (MG). 

Para Lula, a qualificação da mão de obra vai permitir que o Brasil se posicione melhor até nos mercados internacionais. “Quando isso acontecer a gente não vai exportar apenas soja, milho e minério de ferro, a gente vai exportar a coisa que tem mais valor agregado que é a inteligência do povo brasileiro e o conhecimento”. O candidato prometeu ainda construir um hospital universitário na região. “Para que os estudantes de medicina possam se aperfeiçoar”.

Mais tarde, ao falar à imprensa em Juiz de Fora, também em Minas Gerais, Lula voltou ao tema da educação. “Nós vamos voltar com muita força para o Fies e para o Prouni”, disse em referência as políticas de financiamento estudantil para o ensino superior adotadas nos governos anteriores do PT.

De acordo com o ex-presidente, essas políticas, em conjunto com adoção das cotas raciais e sociais, permitiram que o corpo de estudantes das universidades se aproximasse mais da realidade brasileira.

“Mudou a qualidade e mudou a cor da universidade brasileira, ela é para todos agora. Ela mostra a cara do povo brasileiro, é uma mistura”, destacou ao lembrar que antes dessas políticas o ensino superior atendia majoritariamente as camadas mais ricas da população. “A universidade antes era uma universidade de brancos, raramente você encontrava um menino negro na universidade”.

Lula disse ainda que pretende trabalhar na educação básica valores que contribuam para o enfrentamento do racismo. “Nós vamos reiterar o estudo da história africana no nosso Brasil”, destacou. O candidato disse, que caso eleito, ira colocar em prática uma das propostas da senadora Simone Tebet (MDB), que concorreu à Presidência no primeiro turno das eleições e, agora, é apoiadora de Lula.

“Fazer o ensino médio também integral e profissional. As pessoas têm que aprender uma profissão. Porque se as pessoas estiverem trabalhando e quiserem estudar, podem se sustentar com muito mais facilidade”, disse.

Auxílio Brasil

Lula disse que pretende manter o pagamento do Auxílio Brasil para famílias de baixa renda em um eventual governo. “Enquanto o povo estiver passando necessidade e fome, nós vamos continuar”, enfatizou. Entretanto, ele gostaria que o programa fosse reestruturado nos moldes do antigo Bolsa Família, a partir de um cadastro mais consistente e com contrapartida dos beneficiários.

“Nós tínhamos condicionantes para as pessoas, tinha que colocar os filhos na escola, os filhos tinham que tomar vacina. Era um programa que dava responsabilidade à sociedade”, comparou.

*informações de Agência Brasil

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