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Até julho de 2022, Manaus notificou 2,3 mil casos de sífilis adquirida, 1 mil em gestantes e 199 casos da doença congênita

*Da Redação Dia a Dia Notícia

De janeiro a julho de 2022, a cidade de Manaus notificou cerca de 2.345 casos de sífilis adquirida, 1.089 registros em gestantes e 199 casos de sífilis congênita. De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Cláudia Rolim, afirma que a doença em gestantes apresentou um aumento nos últimos dois anos.

“A sífilis em gestante apresentou, nos dois últimos anos, aumento no número de casos. Um dos fatores que contribui para a detecção de mais casos novos é o cumprimento do protocolo da realização de dois exames de sífilis no pré-natal. Como consequência, os casos de sífilis congênita em Manaus têm apresentado decréscimo, reflexo do aumento na oferta de exames, cobertura e qualificação da atenção no pré-natal”, informou Cláudia.

No ano passado, a capital registrou 3.345 casos de sífilis adquirida, 1.856 de sífilis em gestantes e 304 casos de sífilis congênita.

Em 2020, o município de Manaus apresentou taxas de sífilis adquirida e em gestante de 107,5 e 43,4 casos por 100.000/habitantes, respectivamente. Em 2021, as taxas de sífilis adquirida, em gestante e congênita foram de, respectivamente, 148,9 e 53,3 por 100.000/habitantes, e 8,3 por 1.000/nascidos vivos. Na série histórica de 2017 a 2022, Manaus registrou aumento no número de casos de sífilis adquirida até 2019, um decréscimo em 2020 e novo aumento em 2021.

A sífilis é causada pelo Treponema pallidum, e pode ser transmitida por meio da relação sexual (adquirida ou em gestantes) ou da transmissão vertical, da mãe para o feto (congênita). “As três formas podem ser evitadas, sendo que a sífilis congênita pode ser prevenida com diagnóstico precoce da doença na gestante, tratamento adequado e em tempo oportuno”, reforçou Cláudia Rolim.

Prevenção e Campanha

Reduzir os riscos de sífilis congênita, quando crianças nascem com a doença transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, é um dos focos da campanha executada pela Prefeitura de Manaus durante o mês de outubro, em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que este ano será celebrado no dia 15 de outubro.

A campanha é organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com o apoio dos Distritos de Saúde (Disa) Norte, Sul, Leste, Oeste e rural, estimulando a população para a realização do teste rápido para a sífilis, realização do pré-natal e o uso de preservativos masculinos e femininos.

A gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Cláudia Rolim, explica que a sífilis congênita é um agravo evitável quando a gestante realiza pré-natal de forma correta e faz os exames para detecção da sífilis, assim como o tratamento em tempo oportuno, e com a utilização de preservativos.

“A rede municipal conta com 194 unidades de saúde que oferecem o teste rápido de sífilis, procedimento de fácil execução, com leitura do resultado, no máximo, em 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. A recomendação é que as pessoas sexualmente ativas façam o teste para sífilis rotineiramente e que todas as gestantes e suas parcerias sexuais realizem o exame”, destacou Cláudia Rolim.

Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), quando a gestante realiza o pré-natal, a orientação é que o exame seja feito na primeira consulta, preferencialmente ainda no 1º trimestre de gravidez, com um novo exame no 3º trimestre da gestação, assim como no parto, independentemente dos resultados de exames anteriores, e também em caso de aborto.

“A sífilis congênita acaba ocorrendo quando a gestante não faz o pré-natal, não realiza os exames recomendados para o diagnóstico ou não faz no tempo adequado para evitar que o bebê seja contaminado. Também há casos de reinfecção após o tratamento da gestante, já que parcerias sexuais em algumas situações não procuram a UBS para o diagnóstico e tratamento, ou não utilizam o preservativo”, explicou a gerente.

As complicações da sífilis congênita incluem abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental e mesmo morte ao nascer. Na maioria dos casos, os bebês não apresentam sintomas no nascimento, mas as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses, durante ou após os dois anos de vida da criança.

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