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Polícia ouve outras mulheres que podem ter sido estupradas por anestesista no Rio de Janeiro

Médico Giovanni Quintella Bezerra está preso em Bangu 8. Em sua chegada, foi hostilizado pelos outros presidiários
Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo
*Da Redação Dia a Dia Notícia

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, no estado do Rio de Janeiro, vai ouvir hoje (14) duas mulheres que também fizeram partos no domingo passado (10), com a presença do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, indiciado por estupro de vulnerável.

Ele foi preso em flagrante na madrugada de segunda-feira (11/07), após a polícia ter acesso a um vídeo feito por profissionais da equipe que atuou na cirurgia de uma grávida, no domingo. As imagens mostram que o anestesista estuprou a mulher durante a cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.

As duas mulheres que serão ouvidas nesta quinta-feira estão entre as cinco que identificaram o médico como o profissional que realizou a anestesia durante as cirurgias. Outras três já prestaram depoimento. A polícia suspeita que as duas mulheres também possam ter sido estupradas pelo anestesista.

“Hoje nós aguardamos aqui duas possíveis vítimas. Há muitos indícios de que elas tenham sido vítimas realmente, porque foram operadas no dia 10 de julho, antes daquela vítima que está nas imagens. Já temos informações de que elas foram sedadas, possivelmente desnecessariamente”, revelou.

Mulher abalada

Segundo a delegada, a mulher identificada como vítima já recebeu a informação do que ocorreu enquanto estava sedada e está muito abalada. Bárbara Lomba contou que foi muito delicada a conversa que teve por telefone com a mulher.

“Eu, na verdade, quis falar com ela mais para prestar solidariedade e dizer que se sinta protegida, não será exposta, que o agressor está preso e nós faremos tudo que estiver ao nosso alcance para terminar a investigação e comprovar esse crime. Então, a tranquilizei neste sentido. Perguntei como ela estava e como estava o filho. Ela chorou, se emocionou, disse que está muito abalada psicologicamente, mas se colocou à disposição”, informou.

A mulher descobriu apenas nessa quarta-feira (13/07), que foi abusada e que é a paciente que deu origem ao flagrante e à prisão do médico. Ela recebeu uma ligação da delegada Bárbara Lomba, que fez a revelação sobre o estupro.

Bárbara conta que a vítima está muito abalada e que os médicos preferiram, por prevenção, administrar o coquetel. Os advogados da vítima também pediram um exame de HIV de Giovanni, mas pela lei, ele pode aceitar ou recusar fazer o teste.

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Anestesista

Para a delegada, a repetição do crime praticado pelo anestesista é porque ele tinha a sensação de que não seria punido.

“Ele não achou que houvesse uma audácia e uma coragem muito [grande] da equipe de enfermagem de fazer essa gravação, jamais contou com isso e há toda uma circunstância de posição dentro de um hospital. Ele contava que não fosse ser pego, tanto que se surpreendeu quando foi dito a ele que havia uma imagem, na hora ele não disse nada e depois se calou e não quis mais falar”, afirmou.

Giovanni Quintella Bezerra, o médico anestesista que foi filmado estuprando uma grávida durante um parto cesárea em um hospital do Rio de Janeiro, foi hostilizado por outros detentos durante sua primeira noite na prisão de Bangu 8.

Na chegada ao pavilhão destinado aqueles que têm Ensino Superior, o médico foi xingado, vaiado e o clima ficou tenso no local. Giovanni está em uma cela isolada e teve a prisão temporária convertida para preventiva depois que a juíza Rachel Assad analisou o caso.

*com informações de Agência Brasil

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