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Eleições 2022: ex-governador de SP e possível vice de Lula, Geraldo Alckmin assina filiação ao PSB

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
*Lucas dos Santos, da Redação Dia a Dia Notícia

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, figura histórica do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), anunciou hoje sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). O agora pessebista deve concorrer como vice-presidente na chapa de seu antigo rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Alckmin postou sua decisão nas redes sociais e afirmou que “o momento exige grandeza política, espírito público e união”. O ex-governador também usou uma citação de Eduardo Campos, candidato do PSB à presidência da República em 2014 que faleceu em um acidente de avião alguns meses antes do pleito eleitoral.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, confirmou a entrada de Geraldo Alckmin no partido. A assinatura da ficha de filiação, segundo Siqueira, será na próxima quarta-feira (23) durante uma cerimônia na Fundação João Mangabeira, em Brasília.

Recorde de mandatos

Geraldo Alckmin e Mário Covas, governador de São Paulo entre 1995 e 2001. Foto: Reprodução/Twitter

Geraldo Alckmin chegou ao governo de São Paulo pela primeira vez como vice de Mário Covas em 1995, assumindo a gestão principal interinamente em 2001 devido ao afastamento de Covas para tratar um câncer. Um dos fundadores do PSDB, Mário Covas morreu em março de 2001, pouco tempo após declarar apoio a Alckmin para concorrer ao governo de São Paulo. Após o falecimento de Covas, Geraldo Alckmin iniciou seu primeiro mandato como governador definitivo de São Paulo entre os anos de 2001 e 2003.

Eleito pelo PSDB em 2002 para um segundo mandato, Alckmin geriu o principal polo econômico do Brasil até 2006, quando se licenciou do cargo para disputar a presidência da República. O então tucano disputou o segundo turno contra Lula, que acabou vencendo a disputa e foi reeleito presidente. Na época, os dois protagonizaram debates acalorados, marcados por acusações e alfinetadas.

Após perder a presidência, concorreu à prefeitura de São Paulo em 2008, mas acabou em terceiro lugar ainda no primeiro turno, atrás de Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT). Alckmin e o PSDB paulista declararam apoio a Kassab, que se reelegeu prefeito da capital.

Em 2010, Alckmin novamente se candidatou ao governo de São Paulo, elegendo-se no segundo turno ao derrotar o petista Aloizio Mercadante. O tucano exerceu ainda um quarto mandato como governador entre 2014 e 2018. Nesse ano, se licenciou do cargo outra vez para disputar a presidência da República. Contudo, terminou sua corrida ainda no primeiro turno em quarto lugar (4,76% dos votos), amargando o pior resultado do PSDB desde a redemocratização.

Em 2021, depois de 33 anos no partido, Alckmin deixou o PSDB após ser traído por seu apadrinhado político, o atual governador de São Paulo João Doria, que declarou apoio a seu vice-governador, Rodrigo Garcia, para concorrer ao governo de São Paulo nas eleições de 2022.

*com informações de UOL e O Globo

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