O procurador-geral da República Augusto Aras afirmou que os líderes da comissão parlamentar de inquérito que investigou a condução da pandemia pelo governo Bolsonaro não entregaram provas sobre os supostos crimes cometidos por autoridades.
O chefe da PGR já havia declarado ainda em novembro de 2021 que o órgão recebeu o relatório da CPI, o qual acusa 12 autoridades com foro privilegiado, mas não houve entrega das provas. Aras afirmou que recebeu “um HD com 10 terabytes de informações desconexas e desorganizadas”.
Em resposta, os membros da CPI emitiram uma nota pública afirmando que o procurador-geral “faz mais uma tentativa de ludibriar os brasileiros” e ofusca “sua disposição para acobertar os criminosos desse morticínio”. O presidente da CPI, o senador amazonense Omar Aziz (PSD), publicou a nota nas redes sociais.
Nota Oficial. #OmarAziz #CPIdaPandemia #SenadoFederal #Amazonas #Brasil pic.twitter.com/Yxxyk0DQrn
— Omar Aziz (@OmarAzizSenador) February 18, 2022
Por outro lado, aliados do governo publicaram que a afirmação de Augusto Aras mostra que a CPI realmente não tinha provas. O senador Marcos Rogério (PL-RO) publicou vídeo dizendo que advertiu “durante todo o funcionamento da CPI que faltava técnica no processo investigativo”. O deputado estadual do Amazonas Fausto Júnior (MDB), opositor de Omar Aziz, chamou a comissão de “chacota” e “um circo”.