O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até 15 dias sobre o relatório final da Polícia Federal o qual apontou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao divulgar uma investigação sigilosa nas redes sociais.
Segundo a delegada Denisse Ribeiro, o presidente divulgou o inquérito que apurava um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de espalhar informações falsas acerca da segurança das urnas eletrônicas. Além de Bolsonaro, o relatório também aponta o deputado Filipe Barros (PSL/PR) e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens da presidência, auxiliaram no vazamento de informações.
Denisse pontua que o vazamento também objetivava alimentar narrativas em prol da PEC do Voto Impresso, que acabou rejeitada pela Câmara dos Deputados no ano passado. A decisão de indiciar ou não o presidente cabe ao procurador-geral da República Augusto Aras.