Manaus, sexta-feira 5 de dezembro de 2025
Pesquisar

booked.net

Wilson Lima, Marcelo Ramos, Serafim Corrêa e Suframa rebatem revista que chamou ZFM de “poluente”

*Lucas dos Santos – Especial para Dia a Dia Notícia

O governador Wilson Lima (União), o ex-deputado Marcelo Ramos (PT), o secretário Serafim Corrêa (PSB) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) rebateram as acusações feitas por um colunista da revista Valor Econômico que acusou o modelo sediado na capital amazonense de ser poluente e incompatível com o discurso de sustentabilidade pregado pelo presidente Lula (PT) na 30ª Conferência das Partes (COP30), que ocorre em Belém até a próxima semana. Ramos e Serafim se manifestaram em suas redes sociais, enquanto Wilson Lima criticou o texto ao ser questionado pela revista Cenarium na COP.

Nesta terça-feira (11), Wilson Lima reagiu ao texto escrito pelo jornalista mineiro Bruno Carazza, publicado na Valor Econômico de segunda (10). Para ele, a abordagem da revista a respeito da Zona Franca de Manaus (ZFM) vem justamente “no momento em que nós geramos emprego, gera renda, diminui a pressão sobre a floresta”, ressaltando que as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) sequer estariam no Brasil caso a Zona Franca não existisse.

“Quem faz esse tipo de crítica não conhece a realidade de quem vive aqui, onde as riquezas e os benefícios do país são concentrados no Sul e Sudeste, enquanto o Norte e o Nordeste são esquecidos”, disse.

A Cenarium também questionou o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, o qual avaliou que não existem subsídios para a ZFM, mas um pagamento pelo papel do polo em manter a floresta conservada. Em nota à imprensa, a Suframa, comandada por Bosco Saraiva, também reagiu ao texto publicado no Valor Econômico intitulado “COP em Belém e bilhões para ar-condicionado em Manaus”. Segundo a autarquia, a matéria falha “ao não reconhecer o principal e inegável papel da ZFM: a preservação da floresta em pé”.

“A ZFM é um instrumento de desenvolvimento socioeconômico e sustentável para a região amazônica que, ao concentrar a atividade industrial em um modelo referenciado como “indústria sem chaminé”, evita a interiorização do desmatamento e de atividades predatórias em uma vasta área da Amazônia Ocidental. Além disso, o modelo Zona Franca tem sido, ao longo de décadas, a âncora econômica que garante a subsistência de milhões de pessoas na região, gerando cerca de 500 mil empregos — diretos, indiretos e terceirizados — e consolidando o Amazonas como um dos estados com menor índice de desmatamento do bioma”, diz a nota.

Desinformação

Em suas redes sociais, o secretário Serafim Corrêa chamou de “desinformação” o texto publicado no Valor Econômico, que acusou o polo industrial de ser “poluidor”.

“É um engraçadinho. Afinal, nós preservamos 97% da nossa floresta e eles destruíram a Mata Atlântica. Na visão dele, nós somos os poluidores e eles os ‘guardiões da floresta’. Vai catar coquinho!”, disse.

O secretário voltou a se manifestar por meio de um vídeo em suas redes sociais:

Já o ex-deputado Marcelo Ramos classificou a fala como preconceituosa e disse que ” parcela da elite do Sudeste está perdendo a noção do ridículo. Agora apareceu um ‘economista para dizer que a produção de ar-condicionado na ZFM é culpada pelo aquecimento global. A ZFM é instrumento de proteção da floresta e os números do desmatamento comprovam isso!”.

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.