O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) revelou nesta terça-feira (14), na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que profissionais de saúde que atuam na Fundação Hospital do Coração Francisca Mendes, na Zona Norte de Manaus, estão sem receber desde maio deste ano. Em seu discurso, o parlamentar relatou que recebeu várias denúncias sobre o atraso de salários na unidade e cobrou providências do Governo do Amazonas para regularizar os pagamentos.
“Gostaria de cobrar da liderança do governo uma solução para os profissionais do Francisca Mendes, que estão sem receber desde maio. São quase 400 famílias sendo desrespeitadas por este Governo que tem dinheiro em caixa, mas que não paga aqueles que se dedicam a salvar vidas do povo amazonense. Isso sem falar em pais, médicos e enfermeiros que relatam o caos por falta de material para procedimentos cirúrgicos. Doença cardíaca não espera, Governador! É uma insensibilidade tremenda”, afirmou o deputado.
Barreto pediu também a diminuição do prazo dos pagamentos indenizatórios referentes a Unisol para menos de um ano, o que segundo o parlamentar, desvaloriza os profissionais com mais de dez anos de atuação no Francisca Mendes, considerado referência em cirurgias cardíacas na Região Norte.
“Não se discute o fim do contrato com a Unisol, tem que encerrar mesmo. Mas é preciso remunerar e indenizar aqueles que trabalharam. Tem pessoas lá com décadas de trabalho e vão receber seus direitos trabalhistas parcelados em mais de um ano e que ainda não receberam desde maio. Faço um apelo para que o Governo pague os direitos desses profissionais”, explicou Wilker.
Contrato Hapvida
Ainda nesta terça, o deputado Wilker voltou a discutir sobre o contrato nº 169/2019, celebrado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a empresa Hapvida, no valor de R$ 60 milhões, para oferecer planos de saúde aos professores da rede estadual de ensino, mas que possui um atendimento limitado nos municípios do Amazonas. Em aparte ao pronunciamento da deputada Terezinha Ruiz (PSDB), o líder da oposição cobrou uma reunião, no seio da Comissão de Educação da Aleam, com a Seduc, Sindicato dos professores e representantes da empresa de saúde para discutir sobre a melhoria da cobertura do plano médico aos servidores da educação, conforme o requerimento nº 5918/2019, de sua autoria.
“Precisamos ter uma reunião com as partes para discutirmos um ponto de equilíbrio de atendimento no interior. Sou a favor do plano, mas acho válido um debate para que a Hapvida possa oferecer atendimento mais digno no Alto Solimões, em Tabatinga, pelo menos a parte clínica aos professores. Solicito que vossa excelência possa agendar uma reunião no seio da comissão de Educação”, finalizou Wilker.