*Da Redação Dia a Dia Notícia
Neste sábado, 19 de abril, os católicos celebram o Sábado Santo, também conhecido popularmente como Sábado de Aleluia. Este dia, que antecede o Domingo de Páscoa, é dedicado à profunda reflexão e à vigília em preparação para a celebração da ressurreição de Jesus Cristo, evento central da fé cristã.
Segundo o Cardeal Orani João Tempesta, arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), o Sábado Santo não é um dia de luto, mas sim de espera consciente pela ressurreição gloriosa de Cristo, que será celebrada na noite deste sábado, durante a Vigília Pascal. Ao longo do dia, as paróquias tradicionalmente se dedicam à preparação e ornamentação das igrejas, não havendo a celebração de missas até o início da Vigília, após as 18 horas. A Vigília Pascal marca o ápice do Tríduo Pascal, encerrando-se na manhã do Domingo de Páscoa com a celebração da ressurreição.
Dom Orani explicou que, mesmo sendo Sábado Santo, os fiéis ainda podem praticar as penitências escolhidas durante o período quaresmal, como a abstinência de carne, a intensificação da oração e, para alguns, o jejum, conforme as recomendações litúrgicas. Essas práticas penitenciais se encerram com a solene celebração da Vigília Pascal, considerada a liturgia mais importante do ano para os católicos. A denominação Sábado de Aleluia se deve à tradição de não se cantar o “aleluia” durante toda a Quaresma, cântico que retorna festivamente durante a Vigília, simbolizando o fim da espera pela ressurreição de Jesus, conforme os relatos bíblicos.
Paralelamente à reflexão religiosa, o Sábado Santo também é marcado em algumas regiões pela tradicional “Malhação de Judas”. Essa manifestação cultural e religiosa consiste em espancar, torturar e, por vezes, queimar um boneco que representa Judas Iscariotes, o apóstolo que, segundo a tradição cristã, traiu Jesus. No Brasil, é comum que esses bonecos sejam caracterizados como figuras políticas ou personalidades famosas que não gozam de grande popularidade.