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Violência nas escolas: processo de adoecimento emocional

Os nossos jovens estão precocemente passando por processo de adoecimento emocional. O recente atentado em uma escola em São Paulo, onde um aluno matou esfaqueado a sua professora, levantou questões preocupantes sobre a saúde mental dos jovens e o impacto que o ambiente escolar pode ter sobre eles. A violência nas escolas não é um problema novo, mas a frequência desses casos e a violência extrema usada pelos agressores é algo que deve nos fazer refletir sobre as causas profundas desse fenômeno.

Além disso, não há nenhuma indicação de comorbidade psiquiátrica conhecida do autor do crime que possa justificar sua conduta. Segundo a polícia, o agressor disse que queria morrer. Mas muitos não acreditam nessa teoria, com todos os ataques acontecendo em escolas e faculdades ultimamente, talvez seja hora de começarmos a pensar sobre o que poderia estar passando pela cabeça de um jovem antes de tomar uma decisão tão horrível?

A parte psicológica desse atentado é complexa e que possui características variadas e peculiares. Em primeiro lugar, é importante notar que a maioria dos jovens não apresenta comportamento violento ou criminoso.
O ambiente escolar pode ser um gatilho para alguns desses fatores de risco. A pressão para ter um bom desempenho acadêmico, o bullying, o estresse e a ansiedade podem levar alguns jovens a desenvolver problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade. Além disso, a falta de apoio emocional e a falta de recursos para lidar com esses problemas podem levar alguns jovens a se sentirem desesperados e sem saída, o que pode atingir o ponto mais alto levando para em comportamentos violentos.

Esses fatores podem ser particularmente problemáticos na adolescência, quando os jovens estão em uma fase de desenvolvimento crítico e ainda estão aprendendo a lidar com suas emoções e impulsos. A falta de habilidades sociais, a baixa autoestima, a ansiedade e a depressão são alguns dos problemas comuns nessa fase da vida e podem ser agravados pelo bullying e pelo discurso de ódio.

É importante ressaltar que esses fatores não são os únicos responsáveis pela violência nas escolas, mas são um componente importante do processo. É fundamental que as escolas e a sociedade em geral estejam atentas aos sinais de alerta e reforcem suporte emocional e psicológico adequado para os jovens que precisam. A prevenção da violência escolar deve ser uma prioridade para todos nós, e isso começa com a criação de um ambiente escolar seguro, acolhedor e inclusivo, onde todos os jovens se sentem valorizados e apoiados.

O atentado cometido é um lembrete doloroso da importância de prestar atenção à saúde mental e ao bem-estar emocional dos jovens. Há muitos fatores que podem levar um jovem a cometer um ato tão violento, mas um dos mais preocupantes é a influência de grupos ou fóruns online que propagam ódio, a propagação de ódio online é uma questão séria e preocupante que pode ter consequências graves para a saúde mental e emocional dos indivíduos envolvidos e também para a sociedade como um todo. É importante que os pais estejam atentos e vigiem as atividades online de seus filhos para evitar que eles entrem em grupos ou fóruns que propagam ódio.

1-Fornecer uma educação emocional adequada: É importante que os pais eduquem seus filhos desde cedo sobre a importância do respeito, empatia e tolerância. Eles devem ensinar seus filhos a lidar com emoções como raiva e frustração de forma saudável, sem recorrer à violência ou ao ódio.

2-Monitorar a atividade online: Os pais devem monitorar a atividade online de seus filhos e estar cientes dos sites que eles acessam e dos grupos ou fóruns que participam. Eles também devem estar cientes dos amigos virtuais de seus filhos e das atividades que realizam juntos.

3-Estabelecer regras claras: Os pais devem estabelecer regras claras para o uso da internet, incluindo o tempo de uso e o tipo de conteúdo que pode ser acessado. Eles também devem explicar as consequências de violar essas regras.

4-Fomentar o diálogo: É importante que os pais conversem com seus filhos sobre os perigos da propagação de ódio online e os impactos negativos que essa conduta pode ter em suas vidas e na sociedade. Eles também devem incentivar seus filhos a expressar seus sentimentos e opiniões sem recorrer à violência ou ao ódio.

5-Buscar ajuda profissional: Se os pais notarem comportamentos preocupantes em seus filhos, como agressividade excessiva, isolamento social ou mudanças repentinas de comportamento, eles devem procurar ajuda profissional para lidar com esses problemas.

Em resumo, os pais desempenham um papel fundamental na prevenção da propagação de ódio online entre seus filhos. Eles devem estar atentos e vigilantes, fornecendo uma educação emocional adequada, estabelecer regras claras, fomentar o diálogo e buscar ajuda profissional (terapia), se necessário.

A terapia também pode ajudar a prevenir o ódio, fornecendo aos adolescentes ferramentas para construir relacionamentos saudáveis e respeitosos com os outros. Em resumo, a terapia é uma ferramenta valiosa para ajudar adolescentes a lidar com o ódio e outros problemas emocionais. Ao trabalhar com um terapeuta, um adolescente pode desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo e do mundo ao seu redor, bem como adquirir habilidades para enfrentar os desafios emocionais e sociais que enfrentam.

Por Samiza Soares

Terapeuta formada em psicanálise e hipnoterapia clínica pelo Instituto Lucas Naves e pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (IBPC), respectivamente.

Trabalha com sessões individuais e com casais, atendendo em consultório particular, plantão terapêutico emergencial, além de atendimento domiciliar e atendimento on-line.

Instagram: @samiza
E-mail: [email protected]
Facebook: www.facebook.com/samizasoaresterapeuta

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