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Violência contra mulher: identifique características abusivas em 5 pontos

Nesse sábado (17), o comediante Tirullipa disse em uma das suas redes sociais que o DJ Ivis, preso por ter agredido a ex-mulher, Pamella Holanda, merece perdão. “Não é justo isso que ele fez, mas tenho certeza de que Deus irá tocar ele. Tenho certeza de que ele voltará transformado um dia e vamos dar outra oportunidade, porque o mundo é de oportunidades, tem que perdoar”, disse.

Então, diversos seguidores e famosos se manifestaram contra sua fala. Entre eles, a cantora Pocah, que afirmou já ter pensado como Tirullipa quando foi vítima de violência doméstica. Na época, estava grávida de sete meses. Hoje, sua filha, Vitória, tem cinco anos.

“Quem perdoa é Deus. Eu já perdoei agressor e o que eu recebi em troca? Mais pancada. Ele não parava, fez com mulheres antes de mim e depois de mim. Quando essa mudança vai ocorrer? Quando a pessoa quiser verdadeiramente”, disse a cantora.

Eu vejo relatos como esse na mídia, na realidade e em meu consultório, apoio e penso que todo mundo merece uma segunda chance, mas, para mim, a chance do agressor é ainda estar vivo e pagar pelo que causou na mente e no corpo de uma mulher.

Segundo relatório do Instituto Maria da Penha, que fez um levantamento nos estados do Nordeste, cerca de 10% das gestantes já sofreram violência, assim como aconteceu com Pocah e Pamella, diversas outras mulheres são agredidas durante e fora da gravidez.

Vários fatores que podem levar a isso (agressão a mulheres grávidas), mas eu destacaria o fato de as mulheres estarem mais fragilizadas, ainda mais dependentes do agressor, e por isso ele se aproveita dessa vulnerabilidade para ser mais agressivo.

Precisamos ficar atentos, pois os homens que cometem violência contra mulheres são, em geral, considerados ‘cidadãos comuns’.

Identificar um agressor de mulher não é tarefa simples. Em geral, este criminoso não tem características aparentes como a arma em punho de um assaltante. Em muitos casos, sequer possui antecedentes criminais. Ele (o agressor) é o ‘cidadão comum’, é o motorista de ônibus, o empresário, o lojista, o religioso. A violência doméstica está impregnada na nossa sociedade de tal forma que ela está invisível. Então, como se prevenir?

Ressaltou que a violência se apresenta de formas diferentes e não apenas através da forma física, que é de conhecimento mais comum, como: Violência física, Violência psicológica, Violência patrimonial, Violência moral, Violência sexual.

O ciclo da violência começa na ‘tensão’. Quando um casal perde o diálogo, começam as humilhações, provocações e ofensas. Em determinado momento, essa tensão perde o controle e acontece a explosão, que acaba gerando a violência. Nesse segundo estágio, acontecem sexo forçado, tapas, socos. Logo depois, há um rompimento em alguns casos. A mulher vai buscar os direitos dela garantidos por lei.

Tem também o intervalo chamado ‘lua de mel’. O homem entende que perdeu a mulher e tenta reconquistá-la. Pede desculpa, faz juras de amor, dá presentes, faz promessas, em uma intensidade muito grande. Ele não quer dar tempo para que ela possa refletir sobre o assunto. Depois de juntos novamente, ele não se vê correspondido e volta a entrar no estágio da tensão.

Para evitar acontecimentos de desgaste emocional e até mesmo de violência física, listo cinco pontos de atitudes abusivas nos relacionamentos (veja lista abaixo).

Caso a mulher identifique a presença de um ou mais fatores, deve ficar alerta.

1-Interferir no modo de vestir da companheira;
2-Hábito de controlar as redes sociais dela;
3-Humilha e tem costume de xingar a companheira;
4-Possessividade, ele determina sempre o que o casal vai fazer;
5-Interfere nas relações sociais.

Se você está sofrendo violência doméstica ou conhece alguém que esteja passando por isso, pode ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico.

Por Samiza Soares

É terapeuta formada em psicanálise e hipnoterapia clínica pelo Instituto Lucas Naves e pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (IBPC), respectivamente.
Trabalha com sessões individuais e com casais, atendendo em consultório particular, plantão terapêutico emergencial, além de atendimento domiciliar e atendimento on-line.

Instagram: @samiza

E-mail: [email protected]

Facebook: www.facebook.com/samizasoaresterapeuta

 

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