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Vice de David Almeida é matéria em site nacional após declarar patrimônio de R$ 3 mi sendo ex-feirante

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

A recente investigação da Polícia Federal (PF) envolvendo o deputado estadual Thiago Rangel (PMB) sobre a evolução patrimonial súbita e inexplicável de políticos que antes levavam vidas modestamente, também teve o cenário se repetindo em Manaus com Renato Frota Magalhães, conhecido como Renato Júnior, que é candidato a vice-prefeito de David Almeida (Avante) e também apresenta um crescimento patrimonial impressionante. A informação foi divulgada pelo site nacional, Metrópoles, nesta segunda-feira (14).

Renato Júnior, que em 2018 declarou um patrimônio de apenas R$ 30 mil, viu sua fortuna disparar para R$ 3.155.906,37 em sua declaração de bens de 2024. Essa evolução de mais de 10.000% não passou despercebida e levanta questionamentos sobre a origem desse enriquecimento rápido.

O ex-feirante agora ocupa uma posição de destaque na chapa ao lado do atual prefeito de Manaus, David de Almeida (Avante), e já exerceu funções importantes na administração municipal, incluindo a Secretaria Municipal de Agricultura (Semacc) e a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).

O Salto Patrimonial

A discrepância entre os números é alarmante. Em 2018, Renato Júnior concorreu ao cargo de deputado estadual e, em sua declaração, mencionou “quotas ou quinhões de capital” como parte de seu patrimônio. Contudo, a transição de um patrimônio modesto para um montante milionário em poucos anos levanta suspeitas sobre a transparência e a legalidade de suas fontes de renda.

Com a ascensão política, é comum que novos gestores adquiram patrimônio. Entretanto, quando a evolução é tão abrupta, como no caso de Renato Júnior, as investigações se tornam inevitáveis.

Especialistas em direito político alertam que esse tipo de crescimento pode estar relacionado a práticas ilícitas, como lavagem de dinheiro, e destaca a importância da vigilância das instituições responsáveis pela fiscalização do patrimônio de agentes públicos.

Investigado por estelionato

Além da súbita riqueza, Renato Júnior possui um histórico que inclui uma investigação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) por estelionato.

Em 2012, o político foi indiciado por ter emitido um cheque sem fundos no valor de R$ 3 mil, supostamente para a compra de um ar-condicionado de um caminhão.

Conforme inquérito policial, o objetivo era apurar crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro.

Nas informações concedidas para a Polícia Civil no Relatório sobre vida pregressa do indiciado, Renato Júnior confessou a autoria do crime, alegando que iria negociar com a empresa para quem passou o cheque sem fundos.

O caso foi arquivado sem condenação, mas o episódio levanta mais uma interrogação sobre sua trajetória financeira.

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