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Vereadores se movimentam para barrar manobra de David Reis para continuar como presidente da CMM

*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia

A tentativa do presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador David Reis (Avante), de permanecer à frente da casa por meio de uma mudança no regimento encontra uma forte resistência da maior parte dos parlamentares. O atual chefe do legislativo municipal, segundo informações dos bastidores, iniciou um movimento para alterar a Lei Orgânica de Manaus para permanecer no cargo, e já contaria com o apoio de pelo menos 15 vereadores da casa.

Atualmente, o inciso primeiro do artigo 35 da lei orgânica de Manaus estabelece que o mandato dos integrantes da mesa diretora da CMM será de dois anos, além de vedar a recondução para o mesmo cargo na eleição seguinte. Portanto, David Reis só poderia concorrer novamente à presidência a partir de 2024, caso se reelegesse como vereador. Sua última tentativa eleitoral foi no primeiro turno de 2022, quando tentou concorrer a deputado federal, mas não obteve sucesso.

Movimento pró e contra

Informações de bastidores apontam que ao menos 15 parlamentares estariam no grupo a favor de David Reis. O atual presidente precisa de no mínimo 28 votos para mudar a Lei Orgânica de Manaus. Contudo, um movimento contrário formado por um grupo de mais de 20 vereadores pode frustrar os planos de David.

O vereador Bessa (Solidariedade), que tentou concorrer ao Senado Federal em 2022, declarou ao portal O Convergente que ele e outros parlamentares estão preparando um documento para declarar oposição ao movimento de David Reis, classificado por ele como “golpe”.

“Estamos nos reunindo para fazer uma coletiva na segunda-feira. Mais de 20 vereadores não irão assinar e já se manifestaram contra o golpe. Eu sou contra esse golpe”, disse Bessa.

Com histórico de rusgas com o atual presidente, os vereadores Rodrigo Guedes (Republicanos) e Capitão Carpê Andrade (Republicanos) se posicionaram contra a medida na última semana. Carpê chegou a dizer que rasgaria a documentação enviada por Reis se chegasse a seu gabinete.

Ao Dia a Dia Notícia, o líder da prefeitura de Manaus na CMM e companheiro de partido de David Reis, vereador Marcelo Serafim (Avante) disse entende que a medida “é inconstitucional e que a Câmara não pode entrar em uma pauta como essa”.

“O STF [Supremo Tribunal Federal] já vetou essa possibilidade na tentativa de reeleição do senador Davi Alcolumbre e do deputado Rodrigo Maia, portanto, esse debate é infeliz e fora de hora. Já comuniquei isso ao presidente e demais colegas”, afirmou Marcelo.

Outro colega de partido de David Reis contrário à medida é o vereador Lissandro Breval (Avante). O parlamentar informou ao Dia a Dia Notíciaque está contra a tentativa do atual presidente da CMM de alterar a legislação para permanecer no cargo.

Gestão conturbada

A gestão de David Reis à frente da CMM foi marcada por uma série de contradições, sobretudo no ano de 2022. Parlamentares opositores denunciaram as tentativas do presidente de realizar gastos públicos apontados como suspeitos ou desnecessários, como a tentativa de construção do anexo II da casa legislativa, apelidado pela sociedade de “puxadinho”, que custaria quase R$ 32 milhões. A obra foi embargada por uma ação judicial dos vereadores Amom Mandel (Cidadania) e Rodrigo Guedes.

Outras polêmicas envolvendo gasto público foi o aluguel de 41 picapes para cada vereador, que já recebem auxílios para combustível, e o possível superfaturamento na compra de kits fotográficos em ano eleitoral, chamados por opositores de “kit selfie”.

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