Especialistas explicam que, ao longo de 2020, a covid-19 dominou o cenário. Praticamente, não foram registrados casos de gripe no ano retrasado. A partir do segundo semestre de 2021, no entanto, com o avanço da vacinação contra a covid, outros vírus respiratórios começaram a reaparecer. Foi o que ocorreu com o sincicial, o bocavírus e, finalmente, o influenza no mês passado.
Informações divulgadas pela BBC na última semana mostram que, até o momento, tudo indica que a nova cepa de influenza que transita no Brasil veio do Hemisfério Norte — região que passa atualmente pelo inverno. A informação é confirmada pelo fato de que a cepa daqui é a mesma presente na Europa e nos Estados Unidos.
De acordo com informações divulgadas pela Folha de S. Paulo, o vírus identificado é resistente às vacinas de Influenza aplicadas até o momento. Atualizadas anualmente, as vacinas do próximo ano devem contar com proteção para a nova cepa, chamada de Darwin, algo que ainda não foi contemplado.
Ainda segundo as informações divulgadas pelo jornal, a letalidade é menor quando comparada aos grupos de risco da covid-19, mas os sintomas clínicos são piores: febre alta, calafrios, dor de cabeça e mal-estar. Em crianças, a doença pode evoluir para pneumonia e otite e os idosos apresentam o principal grupo de risco de sintomas graves, especialmente os que têm mais de 70 anos.
Como se prevenir?
Especialistas apontam, em informações à mídia, que a rápida disseminação pode estar associada ao relaxamento nas medidas contra a covid-19 (principalmente o uso de máscaras, fundamental para a prevenção de ambas as doenças) e a alta taxa de pessoas sem proteção a esse novo vírus. Portanto, o uso de máscaras e o distanciamento social são medidas que continuam válidas para evitar o contato com a doença. Outras medidas, disponíveis no site da Fiocruz, incluem: higienizar as mãos com frequência, alimentar-se bem e manter-se hidratado, além de não compartilhar itens de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros.
O que fazer?
A infectologista Nancy Bellei, professora da Unifest e coordenadora de testagem do Hospital São Paulo, afirmou à Folha de S. Paulo que é necessário se isolar entre cinco e seis dias após apresentar os sintomas. Após esse período, é necessário esperar a febre cessar completamente por 24 horas e, só então, retomar o contato social.
Se estiver em São Paulo, a prefeitura começou a fazer testes rápidos para síndrome gripal em suas unidades de Pronto Atendimento (UPA), de assistências Médica Ambulatorial (AMA), de prontos Atendimento (PA) e prontos-socorros. O teste está sendo feito no setor de triagem para identificar os casos positivos de covid-19. O método utilizado nos pacientes é o de antígeno, para identificar os casos com maior rapidez e manter o monitoramento do paciente na capital paulista.
*Com informações do Exame