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Vazamento de inquérito aponta ligação de David Almeida, irmã e genro à organização criminosa

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

A Operação Entulho, um dos desdobramentos mais significativos das investigações da Polícia Federal (PF) no Amazonas, ganhou novos contornos ao expor um esquema de corrupção que envolve figuras proeminentes da política local, incluindo o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), sua irmã Dulcineia Almeida e o genro de Dulce, Pedro Thadeu Cadais Pinto de Moura. Os três são acusados de integrar uma organização criminosa, além de estarem envolvidos em sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, em um esquema que movimentou a impressionante quantia de R$ 132,2 milhões. As informações foram divulgadas pela Revista Cenarium, nessa segunda-feira (14).

As investigações começaram a ganhar força após a interceptação telefônica de José Antônio Marques Vieira, sócio da empresa Tumpex. Durante as gravações, Marques foi flagrado realizando pagamentos indevidos a Dulce Almeida em dezembro de 2019, um mês antes de David Almeida assumir a prefeitura. Segundo a PF, esses pagamentos visavam manipular licitações da Comissão Municipal de Licitação (CML) da Prefeitura de Manaus, especificamente os pregões presenciais 002/2022 e 007/2022.

Pedro Thadeu Cadais Pinto de Moura, frequentemente mencionado no inquérito como o “genro” de David Almeida, é, na verdade, genro de Dulce Almeida. O relatório da PF esclarece que Pedro se apresentava como “genro” ou “sobrinho” do prefeito para facilitar relações com fornecedores da prefeitura. De acordo com a investigação, ele teria recebido ordens diretas de David Almeida para favorecer a empresa de José Marques, apontando para um relacionamento de cumplicidade entre o prefeito e seus familiares.

Diálogos interceptados indicam que Pedro foi encarregado de garantir que os interesses de Marques fossem atendidos, evidenciando um possível conluio entre o empresário e a alta administração municipal. A PF, ao cruzar dados de escuta, confirmou encontros entre David Almeida e José Marques, reforçando a suspeita de que decisões administrativas estavam sendo influenciadas por interesses pessoais.

De acordo com a reportagem, o inquérito também destaca a relação entre Dulce Almeida e José Marques. Em um trecho do documento, a PF relata que Dulce recebeu R$ 100 mil do empresário em troca de “ajuda” para vencer uma licitação em 2019. As interações entre os dois continuaram em 2022, sugerindo um padrão de corrupção e fraude que se estendeu ao longo dos anos.

Além disso, o nome de Renato Júnior, um influente operador dentro da administração municipal, também surge nas investigações. Ele é mencionado em conexões com licitações fraudulentas envolvendo empresas de coleta de lixo, Soma e Tumpex.

Ainda conforme a Cenarium, as escutas revelaram que David Almeida teria instruído Renato Júnior a “resolver situações” que poderiam comprometer o andamento dos esquemas de corrupção.

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