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Varíola dos macacos: Amazonas registra primeiro caso suspeito da doença e paciente está sendo monitorado

Foto: Ilustrativa/Istock

*Victória Cavalcante-Dia a Dia Notícia

O Amazonas registrou nesta sexta-feira (01), o primeiro caso suspeito da doença Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. O paciente está em isolamento domiciliar e sendo monitorado pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).

Trata-se de um jovem, que não teve o nome divulgado, que apresenta sintomas compatíveis com os já conhecidos da doença. Ele não possui comorbidades e está em isolamento.

“A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou que, nesta sexta-feira (1º), a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) atendeu um paciente com diagnóstico clínico compatível com a doença Monkeypox. Material biológico do paciente foi coletado para a realização de mais exames, não havendo ainda resultado conclusivo e estando o caso em investigação.

O paciente jovem, sem comorbidades, foi atendido e notificado junto ao sistema de vigilância epidemiológica e ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e segue em acompanhamento clínico e de vigilância epidemiológica, em isolamento domiciliar, já com retorno programado para atendimento e novos exames. Pessoas que tiveram contatos com o paciente também estão sendo investigadas”, informou a SES–AM em nota.

A varíola dos macacos é transmitida pelo monkeypox, vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus da família Poxviridae, e é considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos.

Várias espécies animais foram identificadas como suscetíveis ao vírus da varíola dos macacos, mas permanece incerta a história natural do vírus, sobretudo os possíveis reservatórios e como a sua circulação é mantida na natureza. A ingestão de carne e outros produtos de origem animal mal cozidas de animais infectados é um possível fator de risco, indica a OMS.

 

Sintomas

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter feito tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida a orthopoxvirus.

*Com informações do Instituto Butantan

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