A variante que surgiu em Manaus do novo coronavírus, conhecida por P1, é a principal em circulação na capital paulista, de acordo com amostras coletadas para um estudo realizado pela Prefeitura de São Paulo e pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).
De 73 amostras colhidas de pessoas infectadas no município, 64,4% eram da variante que surgiram em Manaus, ou seja, 47 pacientes testaram positivo para a variante P1. As amostras testadas com a P1 eram de diferentes partes da cidade: zona norte (10), zonas leste e sudeste (9 confirmações em cada uma), zona oeste (8) e centro (7). Cinco amostras, representando um percentual de 6,8%, demonstraram infecção pela variante do Reino Unido, a B.1.1.7. Do total das amostras, 71,2% revelaram essas duas novas linhagens do vírus.
A diretora da Divisão de Vigilância Epidemiológica do município, Selma Anequini Costa, disse que, independentemente da variante que está circulando, é importante que a população siga as medidas que evitam a contaminação pela covid-19: o distanciamento social, o uso correto de máscara e a higiene de mãos.
“A forma de transmissão é a mesma, mas não sabemos como se comportam essas variantes em termos de capacidade de transmissão, então precisamos tomar muito mais cuidado agora. E [não sabemos] quantas outras [variantes] poderão vir se a gente não interromper essa transmissão e não cuidar. Então está na mão da população nos ajudar também para que a gente consiga diminuir esse número de casos”, disse Selma.
Ela reforçou que a circulação da variante P1 ela está em todo o município de São Paulo, em todas as regiões, e que as ações estão sendo aprimoradas a partir de estudos como este. “Importante manter esses estudos na cidade para a gente enxergar o que está acontecendo e acompanhar com as decisões em tempo oportuno.”