A P.1, variante do novo coronavírus identificada em Manaus corresponde a 91,9% dos casos de Covid-19 identificados no país em abril, segundo dados da Rede Genômica Fiocruz. Em dezembro, quando a variante surgiu, ela correspondia a apenas 17,1% das amostras sequenciadas pela rede. Na época, a mais comum era a P.2, identificada no Rio de Janeiro.
Porém, a partir de janeiro, a P.1 foi ganhando espaço até tornar-se a linhagem dominante no país. Atualmente, em segundo lugar está a B.1.1.28, variante identifica na Inglaterra. Porém, sua frequência é substancialmente menor: 3,57% dos casos. De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, foi a B.1.1.28 que, após mutações, deu origem à P.1 e à P.2.
Para efeito de comparação, no começo da pandemia no país, em março de 2020, a B.1.1.28 era a linhagem mais frequente no Brasil e correspondia a apenas 31% dos casos. Em abril, ela perdeu espaço para a B.1.1.33, que passou a responder pela maior parte dos casos até setembro. Em outubro, a B.1.1.28 voltou a dominar, até o aparecimento de suas evoluções mais contagiosas: a P.2 e a P.1, conforme a reportagem da revista Veja.
Estudos apontam que a P.1 tem uma capacidade de infecção duas vezes maior que a cepa original, além da capacidade de fugir de anticorpos gerados naturalmente contra o novo coronavírus. Felizmente, estudos realizados até o momento indicam que as vacinas disponíveis são capazes de proteger contra a cepa.