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Vacinação de profissionais de saúde é suspensa em Manaus para reformulação da campanha

A Prefeitura de Manaus suspendeu temporariamente, na noite desta quarta-feira, 20/1, a vacinação de profissionais da saúde contra a Covid-19 na capital. A medida, que atende a recomendação de órgãos de controle locais, foi tomada para que o governo do Estado apresente um plano reorganizado de distribuição das doses nas unidades da rede estadual, com os critérios de definição de prioridades, baseados na exposição ao risco, comorbidades e faixa etária.

 

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, a suspensão deve ser mantida por menos de 24 horas, uma vez que o prazo para que o governo divulgue a proposta de reordenamento da imunização com a lista dos trabalhadores a serem vacinados, por unidade, se encerra às 13h desta quinta-feira, 21.

 

A recomendação para pausar a campanha de vacinação dos profissionais de saúde foi feita em reunião entre representantes do Ministério Público do Estado (MPE-AM), Ministério Público do Trabalho (MPT-AM), Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) e Defensoria Pública da União (DPU-AM), Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) e Ministério Público de Contas (MPC-AM) com as secretarias de Saúde do município (Semsa) e do Estado (SES-AM), na noite desta quarta-feira.

 

“A Prefeitura de Manaus é a responsável pela execução da campanha de vacinação e, conforme as orientações do prefeito David Almeida, organizou 200 profissionais que compõem 50 equipes de vacinação. No entanto, a definição dos locais e quais profissionais da saúde a serem vacinados em cada unidade da rede estadual é responsabilidade do governo do Estado”, explica Shádia.

 

Nos primeiros dois dias de vacinação na capital, 1.140 profissionais de saúde, que atuam na linha de frente no atendimento de casos suspeitos e confirmados de Covid-19, receberam a primeira dose da CoronaVac. Eles integram o grupo prioritário da primeira fase da campanha de imunização contra a doença, conforme definido pelo Ministério da Saúde.

 

Em razão da quantidade de vacina disponível ser suficiente apenas para 34% dos 56 mil profissionais de saúde, governo e prefeitura deveriam direcionar as doses, estabelecendo preferências dentro do grupo prioritário.

 

“Como a prefeitura trabalha essencialmente com atenção básica, definimos que as unidades contempladas com a vacina, pelo critério de risco, seriam as de atendimento exclusivo a casos suspeitos de Covid-19 e outras síndromes gripais, determinando a vacinação de todos os trabalhadores que têm contato direto com o paciente e deixando de fora os que realizam apenas serviços administrativos, sem contato com os usuários”, ressalta Shádia.

 

Ainda assim, a Semsa, também em atendimento às recomendações feitas pelos órgãos de controle, firmou o compromisso de apresentar um novo cronograma, para concluir a vacinação nas suas unidades, para as quais foram destinadas, até o momento, 3.287 doses.

 

Para o Estado, a quantidade final de doses só será definida a partir da apresentação reorganizada das planilhas de necessidades e prioridades baseadas em critérios. Até agora, de acordo com a Divisão de Imunizações da Semsa, haviam sido direcionadas para unidades estaduais 6.984 doses.

 

A Prefeitura recebeu, para esta primeira etapa da campanha, um total de 40.072 doses de vacina.

 

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