A vacinação contra a Covid-19 começou na comunidade indígena Umariaçu I, em Tabatinga, a 1.100 quilômetros de Manaus, no Amazonas, nesta terça-feira (19).
A primeira indigena imunizada foi a Ticuna Isabel Bruno Cesário, de 68 anos, que agradeceu ao também indígena e enfermeiro que lhe aplicou a vacina, Euzimar Tanata: “graças a Deus que tomei a vacina. É muito importante.”, conta CNN Brasil.
Tana, por sua vez, declarou estar muito orgulhoso em vacinar a primeira indígena de sua aldeia. Ele recordou que perdeu a mulher para o novo coronavírus e que não conseguiu salvá-la.
Em seguida, foram imunizados Jeferson Cruz, de 18 anos, e o técnico em enfermagem Tarcis Marques, de 34 anos, todos da etnia Ticuna. Logo após foi a vez do enfermeiro da aldeia Euzimar Tanata, de 45 anos, da etnia Kocama.
Segundo o coordenador do Distrito Sanitário de Saúde Índigena, Weydson Pereira, a parceria com o Ministério da Defesa é importante. E, se não fosse a Força Aérea Brasileira, as vacinas não teriam chegado à aldeia. O município de Tabatinga recebeu 10 mil doses, o que permitiu a vacinação as aldeias da região.
Para levar a vacina a todos os estados do Brasil, a FAB utilizou quatro tipos de aeronaves: KC-390 Millennium, que seguiu para Ceará, Piauí e Goiás. Já o C-105 levou as doses para Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
O C-130 Hércules foi para o Distrito Federal, Amazonas , Roraima, Rondônia e Acre. E, por último, duas aeronaves C-97, que atenderam o estado do Amapá e o município de Tabatinga.