A primeira usina de oxigênio, das sete doadas pelo Ministério da Saúde (MS), já começou a funcionar no Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), na zona norte de Manaus. Uma segunda usina está em fase final de montagem no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) João Lúcio, na zona leste. Cada uma tem capacidade para produzir 6,5 mil metros cúbicos de oxigênio por semana, ampliando a capacidade do insumo nessas unidades de saúde.
“Além dos hospitais João Lúcio e Francisca Mendes, temos mais duas usinas sendo instaladas no hospital de campanha montado pelo Exército no Hospital Delphina Aziz, e outras três que serão montadas no Instituto da Criança do Amazonas, o Icam, na maternidade Azilda Marreiros, e no Hospital de Manacapuru”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, ao visitar a montagem da usina no João Lúcio.
Na unidade hospitalar, o ritmo da montagem está acelerado. Neste domingo (24/01), os técnicos finalizam a instalação elétrica, interligam a usina na rede de oxigênio do hospital e iniciam os testes.
“Nesta segunda-feira (25/01), vamos passar o dia todo em teste para, na terça (26/01), já utilizarmos o fornecimento desse oxigênio nos nossos pacientes”, explicou o diretor-geral do HPS João Lúcio, Daniel Castro dos Santos.
Neste domingo, o HPS João Lúcio estava com 118 pacientes internados por conta da Covid-19. A unidade continua recebendo o abastecimento regular de oxigênio por meio de caminhões da empresa White Martins. Com a entrada da usina em funcionamento, a produção local irá reduzir a demanda por reabastecimento. Isso vai permitir o abastecimento manual de outras unidades de saúde.
HUFM
A usina do Hospital Universitário Francisca Mendes já está funcionando desde o último sábado (23/01). Ela já representa 55% do oxigênio consumido atualmente na unidade hospitalar.
Atualmente, 19 pacientes fazem uso constante de oxigênio no Francisca Mendes. “Essa usina vai nos dar mais tranquilidade para podermos atender nossas demandas, principalmente, quando retornarmos com as cirurgias eletivas, que hoje estão suspensas”, explicou o diretor-administrativo do HUFM, Marcus Martins.
Legado
Além dessas sete usinas doadas pelo Ministério da Saúde, o Amazonas recebeu outras cinco doadas pelo Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, que serão instaladas nos municípios de Eirunepé, Lábrea, Tefé, Tabatinga e Carauari.
“Tanto essas usinas doadas pelo Ministério da Saúde quanto as pelo Sírio-Libanês vão permanecer como legado para a nossa rede hospitalar. Isso vai aumentar nossa capacidade de produção própria de oxigênio, aqui em Manaus e no interior também”, afirmou o secretário Marcellus Campêlo.
As usinas do interior começam a ser instaladas nas próximas semanas.