*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nesta segunda-feira (6), um tremor de magnitude 7,8 atingiu uma cidade na região central da Turquia, perto da fronteira com a Síria. Na Turquia, 1.762 pessoas morreram, aponta último levantamento do governo. Já na Síria, foram contabilizados 1.300 mortos. Mais de 40 réplicas foram registradas desde o terremoto principal, a última foi de magnitude 7,7.
A Turquia está em uma das zonas mais propensas a tremores no mundo. O país fica sobre a Placa de Anatólia, que possui duas grande falhas, a oriental e a setentrional.
A falha oriental faz fronteira com as placas Africana e Arábica. Já a outra, está conectada à placa Euro-Asiática, e atravessa todo o território turco.
Os maiores desastres naturais dos últimos anos acontecem na Falha Setentrional da Anatólia, com tremores causados principalmente pelo movimento da placa Arábica contra a placa Euro-Asiática, “pressionando” a microplaca em que fica a Turquia para o oeste.
A última grande tragédia no país foi causada por movimento tectônico nessa falha, no ano de 1999, quando 17 mil pessoas morreram após um terremoto nos arredores de Istambul.
Tudo indica que a tragédia desta segunda-feira supere esse impacto, já sendo considerado pelas autoridades como “o desastre” no país desde o tremor de Erzincan, em 1939, que deixou 33 mil mortos.
Quando as placas Africana e Arábica se movem, o território turco fica literalmente “espremido”, já que a placa Euro-Asiática impede que ela se movimente para o norte. Apenas em 2020, por exemplo, 33.000 terremotos atingiram o país, com 322 deles tendo magnitude igual ou superior a 4, de acordo com a Autoridade de Gerenciamento de Desastres e Emergências (AFAD).