*Da Redação Dia a Dia Notícia
O comércio legal e ilegal de animais selvagens continua crescendo em paralelo ao aumento dos investimentos chineses na região amazônica, refletindo uma tendência similar ao tráfico chinês que devastou elefantes, rinocerontes e pangolins na África.
Centenas de espécies da Amazônia estão sendo enviadas para a Ásia, principalmente para a China, em números insustentáveis, de onças e pássaros canoros a sapos venenosos e peixes tropicais. Os danos ao bioma amazônico podem ser profundos, dizem pesquisadores.

Estas espécies são procuradas como ingredientes na medicina tradicional chinesa, utilizadas na indústria da moda e vendidas como animais de estimação. O comércio on-line também está em expansão.
A crescente crise está estimulando os esforços para construir uma coordenação regional, com acordos para fortalecer as leis, sua aplicação e o compartilhamento de inteligência. Os bancos e empresas de transporte se comprometeram a ajudar a prevenir o tráfico.
As onças pintadas são uma mercadoria facilmente disponível na cidade Iquitos, no Peru, um portal de floresta tropical às margens do rio Amazonas. Vendedores exibem peles de onças pintadas e jaguatiricas em estandes de artesanato ao ar livre, pequenas lojas e em atrações turísticas.
Também são vendidas abertamente cabeças de onças pintadas e joias feitas com dentes e garras, às vezes adornadas com pedras semi-preciosas.
Um relatório da WWF e da Sociedade Zoológica de Londres fez soar um alarme urgente de biodiversidade para a região. Foi descoberto que a América Latina e o Caribe, incluindo a Amazônia, sofreram um declínio de 94% no tamanho médio da população de vida selvagem nos últimos 48 anos, a queda mais acentuada vista em qualquer região do mundo. Embora o desmatamento seja uma das principais causas, o tráfico também contribuiu para a crise.
O comércio ilícito de animais selvagens é o quarto empreendimento criminoso mais lucrativo do mundo, valendo até 23 bilhões por ano, de acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas. Com pouca fiscalização e penalidades leves, é um negócio de baixo risco e de alto lucro.
*Com informações do Mongabay