*Da Redação do Dia a Dia Notícia
“Eu nem sei mais o que dizer, mas eu seu que preciso mostrar o que está acontecendo aqui, todos precisam ver e pensar bem. O mundo mudou e nenhum argumento contra consegue rebater estas imagens“, diz o fotógrafo Gustavo Mansur em suas redes sociais ao publicar imagens captadas das enchentes durante sua jornada de trabalho no Rio Grande do Sul. A tragédia no RS deixou mais de 337 mil pessoas desalojadas, 146 desaparecidos, 756 feridos e 113 mortes causadas pelas chuvas intensas. O Dia a Dia Notícia selecionou fotos e vídeos que retratam o cenário crítico na região.
De acordo com a Defesa Civil, as pessoas que estão desalojadas são as que tiveram, em algum momento, que deixar suas casas e buscar abrigo nas residências de parentes, amigos ou em abrigos públicos. Os abrigos do estado receberam 69 mil pessoas. No total, 1,9 milhão de gaúchos já foram afetados de alguma forma pelas enchentes, ou seja, perderam casas, estão sem luz, água ou comida.
Veja o balanço:
- Óbitos confirmados: 113
- Óbitos em investigação: 1
- Municípios afetados: 435
- Pessoas afetadas: 1.916.070
- Desalojados: 337.116
- Pessoas em abrigos: 69.617
- Feridos: 756
- Desaparecidos: 146
Animais também sofrem com o avanço das águas e precisam de ajuda para deixar locais inundados.
Em relação aos municípios atingidos, o número chega a 431, o equivalente a mais de 80% das cidades do estado.
As autoridades estão em alerta para agravamento da situação no estado. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas fortes no Rio Grande do Sul a partir desta sexta-feira (10). A expectativa é de que se prolongue até o domingo (12) com maior intensidade entre o centro-norte e leste do estado, incluindo o litoral norte e o sul de Santa Catarina.
O nível do rio Guaíba está abaixo dos 5 metros, porém os rios do sul do estado começaram a subir e transbordar.
Em suas redes sociais, o fotógrafo Gustavo Mansur desabafa: “Sempre ouvi falar sobre a enchente de 1941, vi muitas fotos, li matérias, mas presenciar algo dessa natureza é uma experiência muito diferente, do topo que a ficha demora a cair”.