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Tiros, droga em submarino: PCC, milícia e piratas disputam rios na Amazônia

Foto: Polícia Civil do Pará

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Piratas, milícias e facções disputam o controle de um ‘labirinto de rios’ nos dois maiores estados da Amazônia para vender drogas e armas, em uma rota do rio Solimões, no Amazonas, ao Porto de Barcarena, no Pará.

O rio Solimões é a principal rota para o escoamento das drogas até o Porto de Barcarena. As condições geográficas do Amazonas facilitam a ação do narcotráfico pelas águas.

Nos 1.700 km de extensão do Solimões, Comando Vermelho, PCC, piratas e milícias promovem uma disputa em um “labirinto de rios” por drogas e armas. É o equivalente à distância por estrada entre São Paulo e a fronteira entre Brasil e Uruguai.

Os rios Javari, Japurá, Içá, Negro e Envira também têm sido usados para transportar drogas e armamentos até o porto de Barcarena. De lá, as toneladas de drogas seguem para países europeus, africanos e asiáticos, indicam fontes no Ministério Público e na Polícia Civil.

As rotas do Javari e Japurá já são consideradas as mais importantes depois do trajeto pelo Solimões. Grupos brasileiros, peruanos, colombianos atuam nesses rios, indicam fontes na Polícia Civil e no Ministério Público.

“As facções estão sempre tentando buscar rotas alternativas. Aqui os rios não são como o São Francisco, no Nordeste, que já é grande. Eles são ramificados, cheios de igarapés e igapós. Quando a água sobe, aumenta a capacidade de fuga desses grupos criminosos”, diz Igor Starling, coordenador do Gaeco do MPAM.

Vídeos divulgados pelo UOL mostram a rotina de tiros e perseguição de quem combate o crime organizado na Amazônia. Uma das gravações é de um tiroteio à noite entre policiais em uma embarcação de piratas do crime no Amazonas. Em seguida, os agentes aparecem apreendendo drogas e armas dentro do rio. Outros vídeos mostram perseguição em rio e apreensões nas águas.

Em outra ação, a Polícia Civil do Pará apreendeu um submarino de cerca de 20 metros de comprimento que seria usado em uma rota do tráfico internacional de drogas. A embarcação estava sendo construída em um estaleiro no rio Guajará-Mirim em dezembro de 2015.

*Com informações do UOL

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