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‘Temos que tomar cuidado para não estigmatizar’, diz secretário de Saúde do AM sobre casos de varíola dos macacos

Foto: Reprodução/Em Tempo

*Franciane Silva da Redação Dia a Dia Notícia

O primeiro caso de varíola dos macacos no Amazonas foi confirmado na última quarta-feira (27), o paciente é um homem residente de Manaus e que esteve em Portugal. Na quinta-feira (28), houve uma coletiva de imprensa sobre a confirmação do primeiro caso da doença no estado, onde estiveram presentes o secretário de Saúde do Amazonas Anoar Samad e o diretor-presidente da Fundação de Medicina Tropical (FMT), Marcus Guerra.

O paciente infectado está estável e em isolamento domiciliar, pessoas que estiveram em contato com ele estão em observação também. Porém, até o momento não há nenhum indicativo da doença entre elas. De acordo com o secretário de saúde, a maioria dos casos da doença foram registrados em homens homossexuais.

“Nós temos que tomar cuidado para não estigmatizar, pois quando o HIV nasceu também houve a história de que só era homossexual que pegava e não é isso. O que não podemos é fugir dos dados e esse surto está se comportando desta maneira”, explicou Anoar Samad.

O balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a varíola dos macacos já se espalhou por 78 países e possui mais de 18 mil casos notificados, dos quais 98% é entre “homens que fazem sexo com homens”. Na quarta-feira (27), o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus aconselhou que homens diminuíssem o número de parceiros sexuais neste momento.

Porém, Adhanom frisou que a doença pode infectar qualquer pessoa exposta e que o estigma e descriminação são tão perigosos quanto o vírus.

Anoar Samad aconselhou que as pessoas procurem ajuda especializada para o correto diagnóstico e seguir os protocolos do Ministério da Saúde e da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS). “O leigo não vai conseguir fazer a diferença entre varíola e catapora. Teve até uma confusão com herpes. O critério de diagnóstico de um caso suspeito é feito pelo médico”, disse o secretário.

As medidas adotadas pelo Ministério da Saúde são o isolamento do paciente e a testagem dos contatos mais próximos. O período de isolamento do paciente é até a cicatrização completa das varíolas que se formam, podendo durar de três a quatro semanas.

Transmissão

A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato próximo com lesões na pele, secreções respiratórias ou por objetos contaminados, como roupas de cama e de banho. A transmissão pode ocorrer também através da placenta da mãe para o feto ou durante o contato próximo no momento e após o nascimento.

O vírus pode afetar qualquer pessoa, de qualquer orientação sexual, independente das práticas e dos hábitos sexuais. De acordo com a OMS, a maioria dos casos notificados até o momento foi identificada por meio de serviços de saúde sexual ou de unidades de saúde primária ou secundária, envolvendo principalmente, mas não exclusivamente, “homens que fazem sexo com homens”.

Vírus

A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em um macaco em 1958, o que levou à origem do nome. Entretanto, a primeira infecção em um ser humano foi descoberta em 1970 em uma criança na República Democrática do Congo, no continente africano.

O vírus Monkeypox causa uma doença com sintomas semelhantes à varíola comum, mas menos graves. A varíola foi erradicada em 1980, mas a varíola dos macacos infecta pessoas em todos os continentes.

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