*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), não apoiará o presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Ele também não vai ficar ao lado de Lula após ser chamado de “golpista” pelo candidato durante um debate.
Em um nota oficial, Temer diz que vai defender a candidatura que estiver disposta a prezar pelo cumprimento da Constituição, sem definir um lado:
“defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.
Entretanto, existe uma sinalização a Bolsonaro, já que o mesmo defende a manutenção de decisões realizadas por Temer no poder e que o PT já deseja revogar, que seriam o teto de gastos e a suspensão de trechos da reforma trabalhista.
De acordo com informações, o não apoio a Jair, foi motivado pelas filhas de Temer, que ficaram insatisfeitas com encontro do pai com o presidente. Além disso, o MDB liberou os diretórios a decidir para quem apoiar. No estado de São Paulo, restou o apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Bolsonaro.
Sobre Lula
O apoio ao PT não será viável em vista de Lula, no debate da Globo, ter chamado o ex-presidente de “golpista”. Temer foi vice-presidente de Dilma Rousseff, durante o impeachment em 2016. Na ocasião ele assumiu a chefia do Executivo. Temer ainda afirmou que nunca apoiou um “golpe”.
Em agosto de 2022, no Jornal Nacional, Lula falou bem de Temer, que teve ótima atuação do como presidente da Câmara quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi presidente.
“Quando o Fernando Henrique Cardoso teve o segundo mandato, ele mandou medidas para poder evitar que o Brasil quebrasse, e ele tinha como presidente Câmara o Temer, que ajudou a aprovar as coisas, não trabalhou contra”, disse Lula.
