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Taís Araújo se diz “no chão e sem voz” após caso de racismo envolvendo seu cabeleireiro

A atriz Taís Araújo publicou em suas redes sociais um texto em que se diz “no chão e sem voz”, após polêmica de racismo envolvendo seu cabeleireiro.

‘O racismo cometido pelo meu amigo e cabeleireiro Wilson Eliodorio me tirou o chão e a voz. Bateu doído. E por isso demorei a falar. E mesmo o amando não posso passar a mão em sua cabeça. Ele deve se responsabilizar por seus atos e se repensar enquanto homem negro, gay e profissional de beleza. Demorei também porque, antes de tudo, sou uma mulher negra e isto me atravessa. Atravessa a todas nós. Demorei porque é terrível ver que a estrutura racista desse país se perpetua até com os nossos, os que amamos’, escreveu.

No vídeo o cabeleireiro, Wilson Eliodorio, aparece com as modelos Mariana Vassequi e Ruth Morgan em aula sobre cabelos crespos e cacheados. Ao pegar no cabelo da modelo Mariana Vassequi, Eliodoro usa termos como “filhote do patrão” e “patrão comeu aqui e gerou isso”.

O vídeo foi postado em várias redes sociais e causou revolta na internet. A modelo, Mariana Vassequi, horas após a gravação, publicou uma nota de esclarecimento no seu perfil, sem citar nomes, falando sobre o racismo e no medo que as pessoas tem em se posicionar contra ele.

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NOTA DE ESCLARECIMENTO – PARTE 1 Fala galera! Beleza? Pra quem não me conhece eu sou a Mari! Sejam bem vindos a minha página e pra quem já me conhecia eu vou contar um pouco do que aconteceu. Eu não posso citar nomes nem locais por motivos de segurança. Eu fui contratada por uma marca de cosméticos para cabelos, para ser modelo do lançamentos do novo produto linha cachos! A marca escolheu a locação em um salão bem lindo e requintado da cidade de SP e também convidou um terceiro. Um suposto “cabeleireiro profissional” para ministrar uma palestra e o que seria um pequeno curso sobre “como tratar cabelos étnicos”, em meio ao evento, em um dos momentos eu e a @ruthmorgamoficial (outra modelo companheira de trabalho que também estava sendo contratada) nos deparamos ouvindo diversas frases muito ofensivas e racistas! 💔 Foi triste mesmo! A gente ouviu tudo, percebeu tudo mas naquele momento por medo de sermos demitidas, por medo de acabar a diária e a gente não receber (pois com a pandemia os jobs trabalhos de modelos caíram muito e cada uma já tinha saído de longe pra estar lá eu saí até de outro estado!) e também pela pressão da profissão por naquele momento se tratar de um ambiente de trabalho onde a modelo já é vista como apenas a boneca sem voz, a boneca que tá lá apenas pra provar roupa, desfilar ou ser fotografada. Então diante desse medo e dessa estrutura sim machista e opressora! Que silencia mulheres, que silencia a modelo! Que silencia a minha cor! E foi tudo tão rápido, que eu me calei. Mas quando cheguei em casa foi um desmorono e reflexões. Por que nos calamos? E por que ninguém na hora falou nada? Não só nós mas por que dentro de um salão com +10 pessoas, por que ninguém interveio? Acredito que alguns não ouviram, mas a maioria foi pior por que OUVIU mas NATURALIZOU! gente como assim? Que país é esse que mundo é esse que você ouve alguém falar que “esse cabelo ou essa pessoa é um filhote de patrão, por que o patrão comeu uma escrava e gerou isso.” Gente! Como isso pode ser normal? Você sabe o que isso significa? Vou te explicar: – (não cabe o texto inteiro, vai ter textão sim então tive que dividir em dois). Tá no post do lado! 👉🏽 #naoaoracismo

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O cabeleireiro e beauty artist, Wilson Eliodorio, que atende várias famosa, postou um vídeo em que admite o erro e pede desculpa as modelos pela conduta.

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