A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de um documento publicado na última sexta-feira, 2, propôs que as aplicações de doses das vacinas da Janssen e AstraZeneca/Oxford fossem suspensas para o grupo de gestantes. O órgão recomendou que o grupo receba a Coronavac, ou o imunizante da Pfizer.
A Anvisa já havia sugerido a suspensão da aplicação de doses da AstraZeneca para gestantes, no mês de maio, após uma mulher grávida no Rio de Janeiro desenvolver trombose, após aplicação da dose. Agora a agência adicionou a fórmula da Janssen à lista de restrições.
A suspensão foi feita para garantir que não houvessem outros casos de trombose e formação de coágulos sanguíneos, danos colaterais considerados muito raros, após a vacinação com fórmulas de vetor adenoviral.
O órgão também orienta que sejam identificados casos suspeitos da reação, através da criação de um sistema que auxilie no reconhecimento de novos casos. Os sintomas mais comuns são falta de ar, dor no peito, inchaço ou dor nas pernas, dor abdominal persistente, dor de cabeça grave e persistente, visão turva, confusão, convulsões, manchas vermelhas no corpo, hematomas ou outras manifestações no local onde a dose foi aplicada. Pacientes que apresentarem estes sintomas devem procurar o serviço médico.
Segundo a agência, frisou a importância de tomar a vacina e reforçou que os imunizantes são seguros e devem ser aplicados em toda a população.
“A Anvisa reforça a relação benefício-risco favorável das vacinas contra Covid-19 autorizadas para uso no país, sendo essencial a continuidade da imunização da população”, diz o documento.
As gestantes entraram no grupo de prioridades para a vacina contra a Covid-19 em Abril. Segundo estudo da Fiocruz, a taxa de letalidade entre as grávidas é de 7,2% – na população geral, o índice é de 2,8%. Até o final de junho, 1.156 gestantes faleceram em consequência da doença.