Manaus, quinta-feira 25 de dezembro de 2025
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Suspensão da CPI da Saúde é anulada pelo desembargador Ari Moutinho

Decisão afirma que a suspensão da CPI gera desnecessária tensão entre os poderes da república e macula o princípio de separação de poderes
Foto: Reprodução/TJAM

Nesta terça-feira (23), o desembargador Ari Jorge Moutinho da Costa, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), procedeu decisão favorável a um dos dois mandados de segurança impetrados pelo deputado estadual Delegado Péricles, para revogar a suspensão das atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde.

De acordo com a decisão, a suspensão da CPI ignorou argumentos da parte contrária e ofendeu a jurisprudência do STJ e STF, uma vez que o Poder Judiciário não pode discutir matéria interna do Poder Legislativo. A ação é a primeira, das duas impetradas, que obtém resposta favorável e anula efeito suspensivo dos trabalhos da CPI.

“Hoje recebemos decisão favorável que suspendeu a ação do deputado Felipe Souza e breve esperamos ter o mesmo resultado com relação a ação impetrada por deputados do Partido Progressista”, afirmou o deputado estadual Delegado Péricles sobre decisão que afirma, ainda, que a ação impetrada gera desnecessária tensão entre os poderes da república e macula o princípio de separação de poderes.

Péricles recorreu à Justiça por ser citado como interessado na decisão do desembargador Ernesto Anselmo Queiróz Chíxaro – em ações ajuizadas pelo deputado Felipe Souza e deputados pertencentes ao Partido Progressista – que suspenderam, em decisão liminar, no último dia 16, os trabalhos da comissão.

O deputado afirma estar atento à agressiva mobilização por parte da bancada aliada ao governo e rechaça qualquer acusação à idoneidade dos procedimentos adotados até então pela comissão de inquérito.

“Esta semana, inclusive, tínhamos como meta concluir a questão dos respiradores e partir para outros anos e gestões. Os argumentos apresentados até o momento pelos impetrantes de ações que paralisaram a CPI só revelam a falta de preocupação com o que a população tem vivenciado e com a urgente necessidade de descoberta da origem do caos na saúde do nosso Estado”, continuou.

Em apenas três semanas de trabalho, a comissão revelou graves fraudes e irregularidades na gestão da saúde do Amazonas. Um delas, aponta fraude na aquisição de respiradores durante a pandemia no estado e apresentou acréscimo de R$496mil na aquisição de aparelhos em apenas duas horas e 30 minutos. Valores absurdos na cobrança da empresa responsável pela execução de serviços na lavanderia do Hospital Nilton Lins também foram apresentados pela CPI.

*Informações da assessoria

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