*Redação Dia a Dia Notícia
Dois servidores do gabinete da deputada Mayara Pinheiro (PP) foram exonerados após a suspeita de serem funcionários “fantasmas” na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Segundo denúncia, Rosemary Cunha Martins e Ryan Gabriel Silva foram nomeados em fevereiro deste ano e atualmente moram em Portugal e no Canadá, respectivamente.
Os ex-servidores foram exonerados na última quarta-feira (12), pelo presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (PV). No total, foram pagos R$ 14.284,26 de salário para os dois, sem a confirmação de que chegaram a trabalhar na Aleam algum dia.
De acordo com a denúncia protocolada no Ministério Público do Amazonas, por parte do candidato a vereador de Coari em 2016, Rayone Cabral Queiroz, Ryan Gabriel Silva seria marido de Karen Pinheiro, irmã da deputada Mayara. Ele ocupava o cargo de Assessor de Diretoria 4 CC-7, que recebe R$ 2.983,99 de salário líquido.
Já Rosemary Cunha Martins recebia R$ 1.777,43 pelo cargo de Assessora de Diretoria 8 CC-11. Rosemary seria ex-mulher de Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari (AM) e pai da deputada Mayara.
A reportagem tentou contato com a equipe de Mayara Pinheiro para obter o seu posicionamento sobre o caso, mas até o momento da publicação desta notícia não obteve resposta.
Família Pinheiro
Mayara Pinheiro é filha de Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari de 2001 a 2008 e apontado pela Operação Vorax como líder de uma rede de exploração infantil no interior do Amazonas. Ele foi preso preventivamente em 2014, após a repercussão de uma reportagem do Fantástico, na TV Globo. Em 2018, Adail foi condenado a 57 anos de prisão.
Adail Filho, irmão de Mayara, foi eleito prefeito de Coari em 2017 e reeleito em 2020. O sucessor de Adail pai teve então a chapa cassada pelo Tribunal Regional Eleitora (TRE), após a corte eleitoral entender que este seria o terceiro mandato consecutivo pelo mesmo núcleo familiar.