*Victória Louzada – Dia a Dia Notícia
Vídeos que circulam nas redes sociais nesta segunda-feira (17) mostram o momento em que supostos policiais invadem uma distribuidora, e torturam uma mulher. O caso aconteceu no dia 12 de julho deste ano, no bairro Educandos, zona Sul de Manaus.
As imagens foram divulgadas pelo advogado Vilson Benayon, que está trabalhando na defesa da vítima, e destaca que os policiais entraram no local sem mandado judicial.
No dia do fato, a mulher chegou a conversar com os supostos policias, mas que só permitiria a entrada dos mesmos quando o advogado chegasse, mas os homens não respeitaram, arrancam a grade e entraram. Nas imagens é possível ver os agentes armados com fuzis questionando a mesma pelo paradeiro do namorado da mulher, que teria sido denunciado anonimamente por tráfico de drogas.
Em seguida, os homens algemam a mulher e reviram o estabelecimento. A mulher relata ter sido agredida com coronhadas e que ficou com ferimentos na cabeça.
Após a revista, a vítima foi colocada dentro de uma viatura descaracterizada, onde já estava outro homem detido. Segundo o advogado, o sujeito em questão é um traficante que foi solto pelos policiais no meio do caminho.
“Não foi encontrado nada dentro do estabelecimento. Ela fala que quando entrou na viatura descaracterizada tinha um traficante preso e esse traficante não foi apresentado no 1° DIP, ele foi liberado no caminho”, detalhou o advogado.
Ao chegarem na delegacia, os agentes apresentaram celulares, drogas, balanças de precisão e uma pistola, e afirmaram que os pertences foram achados no comércio e na casa da mulher.
A vítima alega ainda que os policiais também teriam levado o circuito de câmeras que filmaram a ação, mas a família da vítima conseguiu entrar no sistema e salvar os vídeos antes que eles fossem apagados.
O delegado pontua que além de torturarem a mulher, os supostos policiais cometeram roubo. “Eles roubaram o circuito interno de TV, porque é roubo e eles estavam armados lá. Viram que tinha câmeras de vídeo e eles tentaram acabar com as provas, esse sistema não chegou na delegacia. Os familiares delas entraram (no sistema) e conseguiram salvar os vídeos”, destaca Vilson.
