*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Polícia Federal do Amazonas (PF-AM) prendeu na quinta-feira (07) o suposto mandante dos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, identificado com Rubens Villar Coelho, vulgo ‘Colômbia’, entretanto, a Polícia afirma que o suspeito possui pelo menos três identidades falsas que ele usava para transitar entre Brasil, Colômbia e Peru.
O homem foi preso no munícipio de Tabatinga (a 1.110 quilômetros de Manaus), em posse de documentos falsos. ‘Colômbia’ se apresentou na delegacia de Tabatinga, usando identidade falsa e nega qualquer envolvimento com o crime, o que dificulta as investigações.
Apesar disso, o superintende da PF Eduardo Fontes afirmou que o suspeito admitiu que trabalha com pesca em Atalaia do Norte, região onde as vítimas foram mortas, e que trabalhará junto aos cartórios para descobrir o verdadeiro nome do indivíduo.
“Não sabemos a identidade real dele, porque temos informações que ele possui três identidades diferentes em três países”, explicou o superintendente.
A pesca ilegal no Vale do Javari é uma das linhas de investigação da PF, tendo em vista o conflito de interesses dos ambientalistas e defensores da Amazônia com os pescadores.
Mais sobre o caso
A titular da Comarca de Justiça de Atalaia do Norte (AM), a juíza Jacinta Silva dos Santos decidiu que o processo judicial instaurado para identificar e punir os envolvidos nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips deverão ser julgados pela Justiça Federal e declinou do caso.
A Justiça Federal ainda vai apreciar a decisão da juíza. Caso aceite a responsabilidade pelo processo, será responsável por julgar o pedido das autoridades policiais para que converta em preventiva as prisões temporárias de três dos quatro suspeitos de participação no crime que já estão detidos. Os mandados judiciais de prisões temporárias de Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado; Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira valem até hoje (8). Se convertidos em ordens de prisão preventiva, os três podem permanecer detidos por tempo indeterminado.
“As prisões temporárias dos três criminosos estão vencendo hoje. Há alguns dias, as polícias Federal e Civil representaram pela manutenção da prisão dos três criminosos, mas não mais [em caráter temporário], mas, diante dos elementos de prova já obtidos, agora preventivamente. A decisão tem que sair hoje, porque o prazo das prisões temporárias vence hoje”, disse o superintendente da PF no Amazonas, delegado Eduardo Alexandre Fontes, durante coletiva de imprensa, esta manhã.
