*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O número de casos confirmados da doença de Haff, conhecida como Doença da Urina Preta, subiu para 37 no Amazonas, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) divulgado nessa sexta-feira (19).
De acordo com o informe, a maioria dos infectados (30) moram em Itacoatiara, município localizado à 268 quilômetros de Manaus, além de outros casos em municípios próximos, como Itapiranga (2), na capital (2), Parintins (1), São Sebastião do Uatumã (1) e Tabatinga (1) no extremo Oeste do estado.
Segundo a fundação, entre os infectados no Amazonas, 21 são homens e 16 mulheres, entre eles, cinco menores de 20 anos, dez com idade entre 20 e 39 anos, 15 com idade entre 40 e 59 anos e sete idosos. Destes, vinte e dois infectados moram na zona urbana e quinze na zona rural.
Características dos casos confirmados no Amazonas
A pesquisa relata que o pacu foi o peixe mais consumido entre as vítimas, sendo apontado em 21 casos. Doze pessoas disseram que comeram tambaqui, uma informou que consumiu pirapitinga, um infectado comeu aracu e outro informou ter consumido curimatã.
Sobre o local do consumo, a maioria das vítimas,32 pessoas, comeram peixe em casa, quatro não informaram o local e um disse que comeu na feira.
O modo de preparo foram dezenove que comeram o pescado cozido, 12 assado, quatro frito e um relatou que o preparo foi de outra maneira.
Os sintomas da maioria das pessoas (16) iniciaram no mês de julho. Um dos infectados começou a sentir em janeiro, um em março, dois em maio, dez em junho, 16 em julho e sete registrou os primeiros sintomas neste mês.
Sobre a doença
A Doença de Haff é uma síndrome ainda sem causa definida, sendo caracterizada por uma condição que proporciona o quadro de rabdomiólise, com início súbito de rigidez além de dores musculares e urina com tonalidade escura, após consumo de peixes.
A rabdomiólise é caracterizada pela quebra muscular e liberação dos constituintes das células no sangue, pode danificar os rins, que sobrecarregados, não conseguem filtrar os resíduos concentrados na urina, levando à insuficiência renal.
A mialgia intensa são dores musculares, este é o sintoma mais comum entre os casos confirmados em 2022, sendo apontado por 89% destes. Em seguida, tem a fraqueza muscular (70%), náuseas (70%), dor torácica (62%), dormência (57%), dor abdominal (46%) e por último o Vômito (43%).