*Folha de São Paulo
Sob pressão para deixar o cargo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, desembarcou na noite de ontem (23) em Manaus, cidade que enfrenta um colapso de saúde por causa da epidemia do coronavírus.
Segundo relatos feitos à Folha, a viagem foi sugerida pelo Palácio do Planalto, que tenta diminuir o desgaste de imagem do ministro.
O objetivo é também rebater discurso dos partidos de oposição de que o Poder Executivo não tem atuado de maneira efetiva no combate à doença.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o ministro “não tem voo de volta a Brasília” e que “ficará no Amazonas o tempo que for necessário”.
No sábado (23), a Procuradoria-Geral da República solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal), abertura de inquérito para apurar a conduta do ministro em relação à crise enfrentada em Manaus.
O pedido aumentou a pressão, sobretudo entre integrantes da cúpula militar, para que Pazuello deixe o comando da Saúde para não prejudicar a imagem das Forças Armadas.
Apesar de estar incomodado com a postura do ministro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem afirmado que, por enquanto, não pretende trocar Pazuello