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”Só Deus sabe o que eu passei”, diz vítima de professor de jiu-jítsu preso por abusos

À esquerda, Alcenor Alves, preso por abusos sexuais contra alunos. À direita, Lucas Carvalho, uma das vítimas do professor de jiu-jítsu. Foto: Reprodução

*Da Redação Dia a Dia Notícia

O atleta Lucas Carvalho utilizou seu perfil no Instagram, nesta segunda-feira (25), para relatar os abusos que sofreu do professor de jiu-jítsu Alcenor Alves Soeiro, que foi preso por abusar e explorar sexualmente de pelo menos 18 alunos. A prisão ocorreu no sábado (22), durante a Operação Armlock.

“Justiça de Deus não falha!! Não queria ter que me expor, até porque é um trauma que tenho. Por muito tempo levei isso comigo, nunca tive coragem de falar para ninguém […] Fui abusado pelo meu antigo professor desde os 10 aos 14 anos de idade! Só agora adulto com 23 anos, tive coragem de desabafar com minha família”.

De acordo com o atleta, os abusos aconteciam principalmente durante viagens, onde Alcenor Alves se aproveitava da situação e até mesmo dopava suas vítimas.

“Todas as vezes que eu viajava para competir com ele e outras crianças, ele sempre dava banho em todos nós e no final da noite mandava a gente tomar melatonina para dormir bem e no outro dia acordávamos com as partes íntimas dolorida, sem saber o que tinha acontecido”.

Lucas concluiu seu relato afirmando que só agora teve coragem de falar sobre o assunto e que tudo ficará bem, após a prisão do professor. “Só agora tirei esse peso de mim, não tá sendo fácil! Mas tudo vai ficar bem”.

Investigações

Na manhã desta segunda-feira (25), uma coletiva de imprensa foi realizada para a divulgação de maiores detalhes acerca da prisão de Alcenor e da investigação sobre os abusos.

De acordo com a delegada adjunta da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Deborah Ponce de Leão, as investigações apontaram que as vítimas teriam sido abusadas sexualmente pelo autor durante viagens para disputa de campeonatos e na casa do investigado, onde ele as dopava para consumar os delitos.

Foto: Erlon Rodrigues/PC-AM

“Um dos atletas começou a ser abusado sexualmente em meados de 2018, quando tinha 9 anos. Diante de todos esses relatos, nós angariamos o indício de autoria, a materialidade, e representamos pela prisão temporária dele”, disse a delegada.

Ainda conforme a delegada, a equipe de investigação teve acesso a mídias pornográficas envolvendo possíveis vítimas, porém os materiais estão em sigilo. Além disso, há a informação de que o indivíduo pretendia fugir para Dubai.

“Ele chegou a coagir algumas vítimas, às procurando para pedir perdão, e uma delas, inclusive, o autor chegou a oferecer que ela fosse em seu lugar para a viagem para Dubai. O professor ainda entrou em contato com a mãe dessa vítima, como uma espécie de coação para que a situação fosse abafada”, explicou.

O professor responderá por estupro de vulnerável e favorecimento sexual e está à disposição da Justiça, aguardando recambiamento para Manaus.

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