Profissionais da Educação, ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) continuam, pelo segundo dia consecutivo, as manifestações em frente à sede da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc).
Parte da diretoria do Sinteam pernoitou na sede da Seduc aguardando a resposta do governo para a realização de uma reunião.
O grupo informou que chegou a sede do órgão por volta de 7h da manhã de quarta-feira, dia 02. Aproximadamente às 15h, um grupo conseguiu chegar ao corredor que dá acesso ao gabinete do secretário, que não esteve na secretaria durante o dia todo, segundo eles. Às 17h, a energia elétrica foi desligada e o acesso à água para beber e aos banheiros também foi proibido.
“Esse é o pior governo com quem já lidamos. Há muita intransigência. Só cobramos uma reunião. Qual o motivo de não receber trabalhadores da própria secretaria? Estão acontecendo ameaças e assédio moral aos nossos colegas, além de nossas vidas estarem em risco com o alto índice de casos positivos nas escolas”, afirmou a presidente do SINTEAM, Ana Cristina Rodrigues.
A polícia militar foi acionada e permanece na secretaria. Um grupo de trabalhadores está na frente da secretaria em uma vígilia de apoio ao Sinteam.
A direção do sindicato publicou vídeos nas redes sociais da espera e do prédio para mostrar que não houve agressão e depredação do patrimônio público.
Seduc
A Secretaria de Estado de Educação e Desporto vem a público informar que não há professores presos ou maltratados dentro da sede da secretaria, durante a noite de ontem, dia 02, e madrugada desta quinta-feira, dia 03.
Todos os profissionais que permaneceram nas instalações da sede o fizeram por livre e espontânea vontade mesmo após o término do expediente e cientes dos procedimentos de segurança do prédio.
Ao término do expediente da quarta-feira, às 17h, foi informado ao grupo que o prédio seria fechado e que não seria permitida a entrada de terceiros. Mesmo cientes do fechamento do prédio, o grupo decidiu continuar no local.
Além disso, vale destacar que o procedimento de segurança comum do órgão inclui a ativação dos alarmes, como é feito diariamente, após a saída dos servidores.
Durante toda a noite, a Secretaria de Educação manteve as portas abertas, sem qualquer impedimento para saída.
Após o término do expediente não é permitida a entrada do público externo, o que também foi informado aos sindicalistas. Ainda assim a Secretaria autorizou a entrada de um médico e de um advogado, atendendo um pedido do grupo.