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Sindicatos dos jornalistas repudiam ataque sofrido por repórter de ouvidor da Prefeitura de Manaus

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

Nesta terça-feira (22), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (Sinjor/AM) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiram uma nota oficial em que expressam seu repúdio à conduta do ouvidor-geral do município de Manaus, Leonel Feitoza. O ex-vereador foi acusado de assediar o repórter João Paulo Castro, do site Radar Amazônico, durante uma manifestação de motociclistas de aplicativo, ocorrida na segunda-feira (21).

O incidente se deu no portão de entrada da Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa, onde motoristas de aplicativo se reuniram para protestar contra a Lei Ordinária nº 3.379/2024 (PL 285), sancionada pelo prefeito David Almeida. Os motociclistas expressaram suas insatisfações em relação a exigências impostas pela legislação, que, segundo eles, podem prejudicar o serviço e gerar uma onda de desemprego na cidade.

Durante a manifestação, enquanto o repórter tentava entrevistar o Ouvidor-Geral, Leonel Feitoza empurrou o microfone de Castro de forma desrespeitosa. A atitude provocou uma reação imediata entre os mais de cem motociclistas presentes, que demonstraram apoio ao jornalista e repudiaram a agressão.

Na nota, o Sinjor/AM e a Femaj condenaram não apenas o ato de Feitoza, mas também o clima de hostilidade enfrentado por jornalistas em suas funções. “O ataque à liberdade de imprensa é inaceitável e não será tolerado. O direito à informação é fundamental para a democracia e deve ser respeitado por todos, especialmente por autoridades públicas”, afirmaram.

Além de manifestar apoio ao repórter, os sindicatos disponibilizaram assistência jurídica a João Paulo Castro, enfatizando a importância de proteger os direitos dos profissionais de imprensa. A nota ressalta que situações como essa não devem passar em branco e que é necessário um compromisso coletivo para garantir a segurança e a integridade dos jornalistas no exercício de suas funções.

Confira a nota na íntegra:

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas – Sinior/Am e a Federação Nacional dos Jornalistas – FENAT manifestam publicamente o seu repúdio contra a atitude do Ouvidor-Geral do município de Manaus, ex-vereador Leonel Feitoza que empurrou o microfone do repórter João Paulo Castro, do portal
Radar Amazônico, tratando-o de forma desrespeitosa durante uma manifestação da categoria de motociclistas de aplicativo.

O caso ocorreu nesta segunda-feira (21/10), no portão de entrada da Prefeitura de Manaus, no bairro da Compensa, zona Oeste da capital do Amazonas.

Faz-se necessário, também, alertar os poderes públicos que, como se refere o item IV, do artigo 2°, do Código de Etica dos Tornalistas Brasileiros, “a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as não-governamentais, deve ser considerada como uma obrigação social”. Isto posto, o Sinior/AM e a Fenaj reforçam a importância de que não deve haver obstrução ao livre trabalho diário dos jornalistas por parte de entidades civis e instituições públicas na sociedade.

Por sua vez, os jornalistas não devem ignorar, também, o contexto de acirramento criado na eleição municipal pelos interesses dos grupos políticos e econômicos, nesta reta final de segundo turno no município. Destacamos que o jornalista deve pautar-se na verdade no relato dos fatos, na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.

Por fim, as entidades sindicais de representação dos jornalistas solidarizam-se com João Paulo Silva Castro pelo ocorrido, colocando à sua disposição o apoio jurídico que se fizer necessário.”

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