*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (Sinjor/AM) se manifestou, nesta quinta-feira (14), exigindo a instauração imediata de um inquérito policial para apurar as graves denúncias feitas pela jornalista e empresária Paula Litaiff. Na quarta-feira (13), Litaiff, que também ocupa o cargo de vice-presidente do sindicato, relatou publicamente que havia recebido ameaças de morte, inclusive contra membros de sua família, atribuídas à empresária Cilleide Moussallem, proprietária do portal de notícias CM7.
As ameaças de morte, segundo Litaiff, estariam relacionadas às investigações jornalísticas realizadas pela própria profissional. Na semana anterior, Paula divulgou uma matéria exclusiva na Revista Cenarium sobre contratos de suspeitas de irregularidades envolvendo o marido de Moussallem, Janary Wanderlei Gomes Rodrigues, sócio da empresa Provisa. A reportagem levantou questões sobre contratos no valor de 87 milhões de reais, firmados entre a empresa e o poder público do Amazonas, o que teria motivado a ira da empresária.
O caso ganhou grande repercussão após a divulgação de um áudio nas redes sociais e portais de notícias, onde Cilleide Moussallem teria feito as ameaças. A gravação foi entregue à Polícia Civil, que agora investiga a veracidade das alegações. No entanto, em entrevista ao portal Redação Amazônia (RDA), Moussallem negou qualquer envolvimento nas ameaças. Ela afirmou desconhecer o conteúdo do áudio e sugeriu que a gravação fosse uma montagem, propondo que uma perícia fosse realizada para comprovar a falsidade da gravação.
O Sinjor/AM, por meio de sua nota oficial, ressaltou a gravidade das denúncias e cobrou uma apuração célere por parte da Delegacia Geral de Polícia Civil do Amazonas. O sindicato também enfatizou a importância de garantir o direito à ampla defesa da empresária Moussallem, conforme os preceitos do Estado Democrático de Direito. “É fundamental que as denúncias sejam investigadas com rapidez e transparência, para que a verdade prevaleça e a justiça seja feita, garantindo a proteção de todos os envolvidos”, afirmou o Sinjor/AM em sua nota.
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