*Victória Louzada – Dia a Dia Notícia
Tendo o mandato por um fio, o deputado Silas Câmara (Republicanos), que é o atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), conhecida popularmente como a ‘bancada evangélica’, vai deixar o cargo no início de fevereiro, isso porque o parlamentar é alvo de um processo de cassação, e a decisão ocorre para evitar divisões entre os deputados evangélicos.
Ao todo, são 129 deputados federais ligados a igrejas evangélicas, e o novo presidente será o deputado Eli Borges (PL-TO). Silas ficou seis meses no comando do grupo político.
Além disso, a possível cassação do deputado federal Silas Câmara será julgada nesta quarta-feira (31), pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), atendendo à denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) por captação e gasto ilícito com uso de verba pública do fundo eleitoral para fretamento de aeronaves nas eleições de 2022.
O processo contra Silas foi suspenso duas vezes, a primeira suspensão ocorreu a pedido do juiz Marcelo Vieira em 12 dezembro de 2023, momento em que a maioria dos juízes eleitorais votou pela cassação do parlamentar e depois, no dia 24 de janeiro de 2024, com a ausência da desembargadora Carla Reis, que estava de férias, mas já havia votado a favor da cassação.
Se Silas perder o cargo, também derruba a vaga de Adail Filho (Republicanos) e abre duas novas vagas para o cargo de deputado federal eleito pelo Amazonas.
A crise na bancada evangélica aconteceu após Silas mostrar uma ‘simpatia’ ao governo do presidente Lula (PT), para conquistar a anulação da isenção tributária a pastores e líderes religiosos pela Receita Federal.
A bancada já demonstrou a preocupação com a possível influência do governo Lula e vê o deputado federal Eli Borges como uma alternativa para ‘fugir do petismo’.