Representantes dos servidores públicos federais decidiram na tarde desta quinta-feira (29/12) que poderão paralisar suas atividades em janeiro e entrar em greve geral em fevereiro se não tiverem seus salários reajustados em 2022.
As razões para a mobilização sindical dos servidores são as falas do presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou há poucos dias reajuste somente para a categoria dos policiais federais, que compunham sua base de apoio em 2018, mas que se encontra rachada. Nesta mesma semana, centenas de auditores da Receita Federal entregaram cargos de chefia em protesto ao anúncio do presidente.
Em uma de suas lives, Bolsonaro afirmou que não especificou qual categoria receberá aumento em 2022. O secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, reiterou a afimação de que não exite definição sobre como será aplicado o dinheiro do orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, que prevê R$ 1,7 bilhão para o reajuste dos servidores federais. Nos últimos dias, o deputado amazonense Marcelo Ramos (sem partid0), vice-presidente da Câmara, afirmou que o presidente Bolsonaro iria pagar um preço alto se aumentasse somente o salário de policiais federais, nos quais estão incluídos a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, o Departamento Penitenciário Nacional e agentes comunitários de saúde.
Pressão
Os representantes reuníram-se de forma virtual no Fórum Nacional Permanete de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e previram uma paralisação em 18 de janeiro para pressionar o governo federal. Se não obtiverem sucesso, haverá outra paralisação nos dias 25 e 26 de janeiro. Segundo o presidente do Fórum, Rudinei Marques, esses passos são necessários para a aprovação de uma greve geral a partir de fevereiro.
*Com informações de O Antagonista e Folha de S. Paulo