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Servidores de Manacapuru são afastados e entram na mira do MPAM, Justiça bloqueia mais de R$ 4 milhões em bens

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

*Victória Louzada – Dia a Dia Notícia

O município de Manacapuru, no interior do Amazonas, volta aos holofotes da imprensa, dessa vez não por suas festas ou cultura, mas por um suposto esquema milionário de desvio de verba pública. Servidores do município estão alvo de investigações do Ministério Público do Estado (MP-AM), por favorecem familiares, amigos e outras pessoas em uma organização criminosa.

Foi deflagrada nesta quarta-feira (23), a Operação ‘Compadrio’, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-AM) e pela 3ª. Promotoria de Justiça de Manacapuru, com o objetivo de chegar aos alvos que supostamente desviaram recursos municipais e transferiam tais recursos para contas pessoais e de terceiros.

Segundo o MP, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão.

Além disso, o Juízo da 2ª. Vara da Comarca de Manacapuru determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens dos Investigados, até o limite de R$ 4.314.590,16 (quatro milhões, trezentos e quatorze mil, quinhentos e noventa reais e dezesseis centavos). Dois servidores, que não tiveram os nomes divulgados, e que são apontados como envolvidos no esquema criminoso, foram afastados de funções públicas.

A Operação apura práticas criminosas consistentes no desvio expressivo de recursos públicos repassados a Conselhos de Escolas e também Associações de Pais e Mestres de unidades escolares integrantes da rede municipal de educação, em contexto de associação criminosa montada para desviar recursos públicos municipais, bem como outras condutas criminosas conexas, como lavagem de capitais.

Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contaram com o apoio operacional de policiais civis e militares e também com informações técnicas repassadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), que noticiou o provável emprego irregular de verbas municipais.

A Operação, batizada de ‘Compadrio’, recebeu esse nome por se tratar de uma alusão à prática de condutas que privilegiam amigos e/ou parentes que são favorecidos de maneira ilegal.

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