*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Funcionários comissionados e diretores de escolas da Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) foram pressionados a comparecer a uma reunião no Teatro La Salle com o marqueteiro Marcelo Vitorino, que realizou uma palestra para mobilizar apoio à campanha de reeleição do prefeito David Almeida (Avante). Dado que o evento pode ser considerado abuso de poder político e influenciar injustamente a disputa entre os pré-candidatos, os principais adversários do prefeito informaram ao Radar que pretendem levar o caso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM). A informação é do Radar Amazônico .
Pré-candidato a prefeito de Manaus pela federação PSDB-Cidadania, Amom Mandel (Cidadania) afirmou que o caso é um absurdo e irá apresentar uma denúncia ao TRE nesta segunda-feira (15) por constrangimento ilegal eleitoral. Segundo o parlamentar, o caso é um crime eleitoral que gera pena de detenção de seis meses e multa.
“Isso é um absurdo, sinceramente. Não posso e nem vou ignorar uma denúncia como essa. Vou, sim, levar já na segunda-feira ao TRE para que todas as medidas cabíveis sejam tomadas”.
O pré-candidato capitão Alberto Neto (PL) respondeu para a reportagem que sua equipe tomou conhecimento do caso e que vai levar o caso ao judiciário. “Faremos o necessário para que a sociedade tenha algum tipo de resposta para esta conduta”, finalizou o parlamentar.
Marcelo Ramos, que é pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT) comentou que a gestão David Almeida contamina a liberdade de voto dos servidores, mas que não denunciará o caso, por enquanto irá apenas acompanhar os desdobramentos.
“Essa eleição precisa de uma ação mais efetiva dos órgãos de controle. O escandaloso uso da máquina pública pelo prefeito e pelo candidato do governador – citando Roberto Cidade -precisa ser contido. Atitudes como essa do prefeito contaminam a liberdade do voto e caracterizam crime eleitoral que precisa ser exemplarmente punido. Por enquanto não denunciarei ao TRE, mas acompanharei desdobramentos sobre o caso.”
A pré-candidata Maria do Carmo Seffair (Novo), enviou uma nota por meio de sua equipe jurídica e considerou grave os fatos descritos na matéria publicada pelo Radar Amazônico.
“Eventual uso da máquina pública para favorecer candidatura é ilícito eleitoral punível, e conduta moralmente reprovável nesses tempos em que demandamos, cada vez mais, ética na política. A equipe jurídica está atenta a movimentações na pré-campanha e campanha, e a tempo e modo adequados fará as intervenções judiciais necessárias”.
O pré-candidato Wilker Barreto (MOBILIZA) disse que não é advogado, mas que acredita que esse fato incorre em crime eleitoral e que vai levar o caso ao Tribunal Regional Eleitoral.
“Bate o desespero no David Almeida, que deixou para trabalhar no último ano, mas ele precisa entender que ele não está acima da lei. Acredito que essa semana eu já tenho um posicionamento do meu jurídico e a matéria possa ser sim analisada como crime eleitoral e abuso de poder econômico. Vou levar o caso ao TRE”.
*Com informações do Radar Amazônico.