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Serafim critica política de preços da Petrobras: ‘o povo está trabalhando para acionistas’

*Da Redação Dia a Dia Notícia

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou que o reajuste da gasolina (18,8%), diesel (24,9%) e gás de cozinha (16,1%) nas refinarias, anunciado pela Petrobras nesta quinta-feira (10/03), é consequência da política equivocada de preços da estatal. Segundo o parlamentar, o modelo prioriza e beneficia acionistas, e acaba prejudicando o consumidor final.

“O aumento decorre da política de preços da Petrobras. A Petrobras continua fazendo a política de Chicago, que é a linha dos economistas que seguem a linha do ministro da Economia Paulo Guedes.  O que interessa é que os acionistas ganhem dinheiro. Aumentou gasolina, diesel e o gás de cozinha e as ações da Petrobras cresceram 4% após o anúncio. O povo está trabalhando para os acionistas da Petrobras. Isto está completamente contrário da lógica de uma empresa estatal”, lamentou o deputado.

O líder do Partido Socialista Brasileiro na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) ainda disse que os reajustes de preços da gasolina e do diesel que estavam congelados há quase dois meses, são resultado da dolarização dos combustíveis no Brasil.

“Claro que isso é reflexo da guerra na Ucrânia, mas também da política equivocada de preços da Petrobras, que vinculou o preço dos combustíveis no Brasil à variação do dólar e também do mercado externo, quando temos Petróleo aqui. Temos capacidade de refino. É um equívoco da Petrobras ter desativado e vendido refinarias”, disse.

Em nota, a estatal afirmou  que “após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse o comunicado”.

Desde 2016, a Petrobras passou a adotar o Preço de Paridade de Importação (PPI). Nessa modalidade, os preços de derivados do petróleo no mercado brasileiro são formados a partir das cotações do mercado internacional. A mudança na política de preços na estatal foi feita na gestão de Pedro Parente, indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), que subiu ao cargo após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Após as eleições de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiram manter a política de preços implementada por Parente e Temer.

*com informações de assessoria

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