*Da Redação Dia a Dia Notícia
Na tarde desta quinta-feira (27) o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), foi até São Gabriel da Cachoeira (localizada a 860 quilômetros de Manaus) para reinaugurar uma ponte de madeira – Rodrigo Cibele, na BR 307, Km 91, com o Exército Brasileiro em uma estrada de terra parcialmente transitável e pouco utilizada. Na ocasião, ele também reuniu com os militares da localidade e uma grande multidão o acompanhou sem as medidas de segurança contra a Covid-19.
São Gabriel da Cachoeira foi uma das cidades mais atingidas pela pandemia do novo coronavírus, sendo a cidade mais indígena do país, essa população foi a mais atingida no Alto Amazonas.
Durante o encontro que teve com os militares, Bolsonaro e todos que estavam no evento não usavam máscaras e nem mantinham o distanciamento recomendado pelo Ministério da Saúde. Na ocasião, ele afirmou que em seu governo não houve indícios de corrupção e que entre os candidatos existe ‘o pior e o muito pior’, fazendo referência a Lula.
Bolsonaro também afirmou que a Amazônia é a área mais rica do mundo ressaltando que os militares devem garantir a segurança da área.
A população também recebeu o presidente com aglomeração com bandeiras do Brasil.
Bolsonaro hoje em São Gabriel da Cachoeira – AM. pic.twitter.com/Ur1yuvg1Tg
— Patriotas (@PATRlOTAS) May 27, 2021
Manifestação
A organização Baniwa Koripako Nadzoeri e Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) manifestaram repúdio à visita do presidente Jair Bolsonaro à terra indígena Ianomâmi em São Gabriel da Cachoeira.
De acordo com as entidades, o repúdio à vista se dá porque a pauta do governo Bolsonaro é anti-indígena e antiambientalista por conta da abertura das terras indígenas à exploração mineral e outras atividades econômicas predatórias e destrutivas.
“Manifestamos nossa total contrariedade a qualquer iniciativa de abertura das terras indígenas a atividades econômicas, políticas e culturais que venham ameaçar nossa paz e nossa tranquilidade de viver em nossas terras tradicionais conforme nossas tradições, culturas, nossos saberes, valores e modos milenares de vida e de existências”, afirmam os líderes das organizações Baniwa e da Foirn.